Uma nova ação judicial foi iniciada na última terça-feira (19) em uma subsidiária da Vale, na Holanda. Ao todo, 77 mil pessoas e sete municípios que não estão envolvidos nos processos anteriores, no Brasil e em Londres, entraram com um processo buscando uma compensação de cerca de 3 bilhões de Libras, o equivalente à cerca de 20 Bilhões de reais.
O processo, apresentado pela Lemstra Van der Korst e a Pogust Goodhead, que recentemente apresentou um processo semelhante na Inglaterra contra a BHP, acusam as mineradoras Vale/Samarco pelos crimes ambientais, poluição, negligência no controle de segurança da barragem e violação da legislação societária brasileira após o rompimento da Barragem de Fundão, em 2015.
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Cidades de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia de olho na indenização
De acordo com a informação divulgada pela Itatiaia, os municípios de Mucuri-BA, Sooretama-ES, Ponte Nova-MG, Iapu-MG, Rio Casca-MG, Antônio Dias e Gonzaga-MG também se juntaram aos reclamantes do processo e buscam uma indenização em virtude dos estragos causados pela enxurrada de lama.
Os advogados do caso – Lemstra Van der Korst e a Pogust Goodhead – já conseguiram penhorar ativos financeiros da Samarco Iron Ore Europe BV, subsidiária holandesa, com o objetivo de garantir recursos para as indenizações.
Posicionamento da Samarco
Até o fechamento desta matéria, a Samarco afirmou que ainda não foi notificada sobre a ação, mas ressalta o seu compromisso com os reparos dos danos causados pelo rompimento da barragem.
Em nota, a mineradora afirmou que até 29 de Fevereiro de 2024, cerca de 37 bilhões de reais já foram destinados para as ações de reparação e compensação às vítimas. Dessa quantia, cerca de 14 bi foram para o pagamento de indenizações e 2,75 bi para auxílios financeiros em cargos comerciais.