O Atlético perdeu sua invencibilidade de 18 jogos no Campeonato Brasileiro após sofrer a virada por 2 a 1 contra o Atlético-GO na noite desse domingo, 17 de outubro, no Estádio Antônio Accioly. Porém, o seu principal adversário na competição, Flamengo, também tropeçou na rodada, empatando contra o Cuiabá em 0 a 0 no Maracanã. Com isso, o Galo se mantém líder, com 10 pontos de diferença para o rubro-negro carioca, e dependendo apenas dele para ser campeão.
Apesar do alívio com o tropeço do rival, o Atlético precisa manter o alerta ligado, pois um dos principais atributos que o levaram à liderança é a consistência defensiva, que parece estar balançando neste segundo turno. O Galo foi vazado nos últimos quatro jogos que disputou, sofrendo seis gols. Nessas últimas quatro rodadas, o Alvinegro empatou com a Chapecoense por 2 a 2 e perdeu para o xará goianiense por 2 a 1.
Mesmo assim, o Atlético ainda tem a melhor defesa do campeonato, com 19 gols sofridos, dois a menos que a segunda menos vazada (Flamengo). No entanto, o Galo precisa ficar atento neste returno, já que 31,57% dos tentos que sofreu foram na segunda metade da competição, com apenas oito jogos disputados apenas. Ou seja, no primeiro turno, o Alvinegro sofreu apenas 13 gols em 19 jogos.
O técnico Cuca, principal responsável pela consistência defensiva atleticana, comentou sobre as falhas no sistema do primeiro terço na partida diante do Atlético-GO, que originaram os gols da derrota.
“Não venho aqui culpar A, B ou C, pois a derrota cabe ao treinador. Eu assumo a derrota, assim como ajudei em algumas vitórias. As trocas não surtiram efeito. Fizemos um bom jogo, fomos superiores em todos os aspectos, mas pecamos quando tínhamos o jogo na mão. Deixamos de fazer o segundo, e numa saída de bola, erramos o passe e tomamos uma bola por dentro e tomamos o gol. O outro gol é consequência de um rebote mal marcado”, avaliou.
Ainda, Cuca disse que é impossível ter uma temporada perfeita e mandou o recado para o torcedor não se desanimar com a derrota desse domingo.
“Estamos no caminho certo. Não é uma mudança de prumo que vai fazer a gente perder o rumo. Tínhamos mais 39 pontos a disputar e poderíamos chegar a 95 se ganhássemos todos esses pontos, o que é praticamente impossível. Vamos perder mais 10 ou 12 pontos ainda. Não tem como ser perfeito. Temos que ter alicerce, costa larga para absorver o impacto da derrota”, declarou o comandante alvinegro.
Com o alerta ligado, o Atlético precisa virar a chave neste momento, pois enfrenta o Fortaleza em casa na próxima quarta-feira, 20 de outubro, pelo jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil. Apesar da competição não contar com o gol qualificado, é importante para o Galo vencer sem sofrer gols e ficar menos pressionado para o jogo da volta, que acontece no Ceará.