Nesta quinta-feira (1), o vereador Cláudio Duarte (PSL) teve o seu primeiro mandato cassado na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Na véspera da votação, houve uma grande repercussão sobre ameaças de morte que o vereadores Jair Di Gregório (PP) e Nely Aquino (PRTB) receberam na noite de ontem (31).
Por isso, a sessão foi tensa, com segurança reforçada, e marcada pela unanimidade dos votos.
Fundada em 1936, esse é o primeiro um caso de cassação da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
Estavam presentes 39 vereadores, sendo dois deles o próprio vereador e o presidente da Casa, Nely Aquino.
Tirando os dois, que não podem votar, 37 vereadores votaram a favor da cassação de Cláudio Duarte.
Assim, ele não poderá mais exercer o seu cargo de vereador e perderá direitos políticos pelos próximos 8 anos.
No começo de abril, Cláudio e o seu chefe de gabinete, Luiz Carlos de Souza Cordeiro, foram presos suspeitos de participarem de uma quadrilha que dividia salário dos funcionários.
A ação é conhecida como “rachadinha”.
Utilizando vídeos e áudios de WhasApp, as ameaçadas foram para que os vereadores votassem contra a cassação de Cláudio Duarte.
A sessão durou quase quatro horas e os próprio vereadores mostraram as ameaças sofridas.
A Polícia Civil irá investigar o caso.
Para evitar a cassação, antes da votação em plenário, Cláudio Duarte conversou com líderes da Câmara para tentar negociar uma renúncia.
Além da “rachadinha”, há outros dois motivos para a cassação de Cláudio Duarte: ele mentiu em depoimento na Câmara Municipal e o fato dele ter sido preso e atualmente usar tornozeleira eletrônica.
O relatório da Comissão Processante foi assinado pelo vereador Mateus Simões (Novo), relator do caso.
De acordo com o relator, a cassação do vereador do PSl “é uma questão de fazer justiça.
As provas são robustas e o Cláudio Duarte admitiu haver saques dos salários dos funcionários para a Polícia Civil, mas mentiu para a Câmara”.