99 anos de Cruzeiro: história, mudanças, glórias e um recomeço

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No dia 2 de janeiro de 1921, um grupo de imigrantes e operários italianos criava a Societá Sportiva Palestra Itália, com anseio de fazer uma time de futebol para a grande população da Itália que vivia em Belo Horizonte. Agora, 99 anos depois, o Cruzeiro passou por diversos episódios e superou qualquer expectativa de grandeza daquela turma de estrangeiros em BH, mas vive um momento conturbado, encarado com um renascimento.

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Aniversário é um momento de celebração. Mas, também, o da certeza de um início de um novo ciclo. É uma chance de se olhar no espelho, reconhecer os defeitos, mas também os feitos. As cicatrizes das batalhas vencidas e perdidas… As marcas de 99 anos de existência contam nossa história. Uma história de glórias, que nos enche de orgulho e de força para superarmos o momento de adversidade. E tenha a certeza que, com seriedade, transparência e união, vamos dar a volta por cima e voltar a brilhar lá em cima, no topo, numa constelação de Tostões, Dirceus e Piazzas, e de 9 milhões de torcedores apaixonados que sabem que a grandeza desta história é sempre maior do que qualquer momento adverso. As nuvens pesadas irão passar. O nosso brilho, não! #Cruzeiro99Anos

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Quando fundado, o antigo Palestra Itália possui verde, vermelho e branco como suas cores. Esse movimento era uma alusão à bandeira italiana. Além disso, até 1925, o time era exclusivo para membros da colônia. Depois, se tornou aberto a quaisquer nacionalidades.

99 anos de Cruzeiro: história, mudanças, glórias e um recomeço

Palestra Itália em 1932, na abertura do Estádio JK – Créditos da foto: Wikipedia

Contudo, em 1942, por imposição de Getúlio Vargas, presidente do república, foi imposto ao clube a mudança imediata de nome e das cores. Segundo o governo, estava proibido qualquer tipo de apologia à nação italiana, que era inimiga do Brasil na segunda guerra mundial. Assim, surgia o Cruzeiro, de cor azul e novo símbolo, que partia para ser um dos maiores times do Brasil e do mundo.

Durante a história, o Cruzeiro acumulou ídolos, títulos e alegrias. Não é à toa que o hino diz que seu torcedor vive cheio de vaidade. O cruzeirense tem orgulho do esquadrão de Tostão e Dirceu que desbancou o Santos de Pelé. Tem orgulho da ousadia de Joãozinho em 76. Tem orgulhos dos anos 90 e sua alma copeira. Tem orgulho de Alex dominando o Brasil em 2003. Tem orgulho.

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Capitão Gottardo erguendo a Taça Libertadores de 97 – Créditos da foto: Divulgação/Cruzeiro

Porém, esse orgulho está ferido. Após ações de pessoas, o Cruzeiro chegou ao fundo do poço, e seu torcedor sofre. Por isso, o aniversário de 99 anos é tão simbólico. É um marco para a vencedora história cruzeirense. Afinal, assim como em 1921, quando um grupo de italianos fundou o Palestra Itália, hoje, um novo grupo de torcedores tenta fazer o Cruzeiro renascer em meio ao caos.

O passado é glorioso, o presente é desanimador e o futuro é incerto. Esse é o atual cenário do Cruzeiro. Então, é hora do clube refletir. Olhar para as glórias anteriores e enxergar o próximo passo. É isso que o torcedor azul espera, um futuro digno das eternas páginas heroicas e imortais.

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