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CAPA Colunas Coluna do Peixe

A importância da preservação de matas e nascentes – um olhar sobre a Mata Atlântica

Pedro Luiz Teixeira de Camargo Por Pedro Luiz Teixeira de Camargo
3 de agosto de 2025
em Coluna do Peixe
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Crédito: Depositphotos

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A preservação de matas e nascentes é um tema central para a sustentabilidade ambiental, especialmente em regiões de alta biodiversidade como a Mata Atlântica. Este bioma, que já cobriu cerca de 15% do território brasileiro, abriga uma vasta gama de espécies e desempenha um papel crucial na regulação climática e no ciclo hidrológico. 

Segundo Hirota (2002), diretora da Fundação SOS Mata Atlântica, esta cobertura florestal desempenha um papel crucial na absorção da água da chuva. As árvores, através de suas raízes, facilitam a infiltração da água no solo, reduzindo o volume de escoamento superficial e, consequentemente, o risco de enchentes. Ainda a autora argumenta que a perda de cobertura vegetal aumenta significativamente a probabilidade de eventos extremos, como enxurradas e deslizamentos de terra, especialmente em áreas urbanizadas que sofreram desmatamento.

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Joly e Bicudo (1999) reforçam que a vegetação atua como se fossem esponjas naturais, retendo e liberando água lentamente, regulando o fluxo dos rios e contribuindo para a manutenção das nascentes. Ainda enfatizam que a degradação dessas áreas leva à diminuição da recarga dos aquíferos e ao aumento do escoamento superficial, fatores que contribuem diretamente para a ocorrência de enchentes em períodos de chuvas intensas.

Outro ponto importante é o fato da preservação de matas e nascentes na Mata Atlântica ser fundamental para a prevenção da erosão do solo. De acordo com Hirota (2002), a vegetação densa e as raízes das árvores estabilizam o solo, evitando que ele seja carregado pela chuva. Sem essa proteção natural, o solo exposto torna-se vulnerável à erosão, que pode levar ao assoreamento de rios e ao aumento da sedimentação nas áreas urbanas, exacerbando os problemas de inundação.

A importância dessas funções ecossistêmicas é evidenciada por inúmeros estudos. Um relatório do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) destaca que áreas urbanas que mantêm cobertura vegetal significativa apresentam menos problemas com erosão e enchentes. Isso se deve à capacidade das matas de diminuir a velocidade da água da chuva, promovendo uma maior infiltração no solo e uma menor pressão sobre os sistemas de drenagem urbanos.

A preservação das vegetações naturais, encostas, nascentes e suas matas ciliares não é apenas uma questão ambiental, mas também de segurança pública. Enchentes e deslizamentos causam perda de vidas e danos materiais significativos. Hirota (2002) ressalta que a gestão sustentável dos recursos naturais é essencial para garantir a segurança das populações que vivem em áreas de risco. A falta de planejamento e a ocupação desordenada de áreas de preservação agravam esses riscos, destacando a necessidade de políticas públicas eficazes e de educação ambiental.

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Joly e Bicudo (1999) destacam que a conservação da Mata Atlântica também tem implicações econômicas. Os custos associados a desastres naturais são elevados. Investir na preservação ambiental pode resultar em economias significativas a longo prazo, ao reduzir a necessidade de intervenções emergenciais e de reconstrução de infraestruturas danificadas.

Ademais, a proteção da vegetação natural tem um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas. A Mata Atlântica, sendo um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, atua como um sumidouro de carbono, ajudando a regular o clima global. Ou seja, a destruição dessas áreas contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, agravando os efeitos das mudanças climáticas.

A educação ambiental é uma ferramenta poderosa na preservação da Mata Atlântica. Segundo Joly e Bicudo (1999), é fundamental que a sociedade compreenda a importância dos serviços ecossistêmicos prestados por este bioma. Campanhas educativas podem promover uma maior conscientização sobre a necessidade de preservar esses recursos naturais e incentivar práticas sustentáveis.

Além das iniciativas educacionais, políticas públicas robustas são indispensáveis. Hirota (2002) defende que a implementação de leis de proteção ambiental e a fiscalização rigorosa são essenciais para a conservação das manchas que ainda existem de Mata Atlântica. Políticas de incentivo à recuperação de áreas degradadas também podem contribuir significativamente para a restauração dos serviços ecossistêmicos originais.

Por fim, a colaboração entre diferentes setores da sociedade é crucial. A participação de comunidades locais, organizações não governamentais, empresas e governos pode criar uma rede de apoio para a preservação ambiental. Joly e Bicudo (1999) sugerem que parcerias entre esses atores podem resultar em programas mais eficazes e sustentáveis de conservação e recuperação deste e outros biomas.

REFERÊNCIAS

  • HIROTA, M. Agressões ao Meio Ambiente Como e a Quem Recorrer – Coordenação Márcia Hirota. 1. ed. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica, 2002. 109 p.
  • JOLY, C. A.; BICUDO, C. E. M. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX – Vol. 3 Invertebrados Marinhos. 1. ed. São Paulo: FAPESP, 1999. 310 p.

Tags: Opinião
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Pedro Luiz Teixeira de Camargo

Pedro Luiz Teixeira de Camargo

Pedro Luiz Teixeira de Camargo (Peixe) é Biólogo, Geógrafo e Professor, Dr. em Ciências Naturais e Docente do IFMG.

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