O reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Luciano Campos, afirmou, em entrevista à TV UFOP, que o projeto do Hospital Universitário está mantido como prioridade da gestão, mesmo diante dos sérios problemas orçamentários enfrentados pela instituição. A construção está vinculada à repactuação da Bacia do Rio Doce, e não ao orçamento regular da Universidade.
Segundo o reitor, a proposta do hospital é fruto de uma articulação iniciada desde o primeiro dia de sua gestão, em parceria com a Prefeitura Municipal de Mariana. A cidade será sede da futura unidade hospitalar. “Trata-se de um empreendimento importante, especialmente para a área da saúde, para a formação dos nossos estudantes”, pontuou Luciano.
O novo hospital tem a previsão de oferecer atendimentos de saúde de média e alta complexidade com unidade de decisão clínica referenciada, setor de internação para cuidados clínicos e cirúrgicos, terapia intensiva, além de serviços de medicina diagnóstica e laboratorial e estrutura espacializada para o tratamento do câncer.
O valor estimado para erguer o hospital é de R$ 220 milhões, com perspectiva de ainda mais investimentos para manter o funcionamento da estrutura no longo prazo. O reitor destaca que tais recursos milionários não virão da dotação orçamentária da UFOP.
Luciano Campos fez questão de esclarecer que a obra não compromete o já restrito orçamento da Universidade.
“Esses não são recursos do orçamento da Universidade. São recursos, neste caso, vindos da repactuação da Bacia do Rio Doce”, reforçou.
Além da importância assistencial e educacional, o reitor destacou que o hospital trará economia à UFOP. Hoje, a universidade investe em deslocamentos e convênios com outras cidades para que seus alunos da área da saúde realizem atividades práticas. Com a conclusão do hospital, esse custo tende a diminuir.
“Nós esperamos no futuro, quando este hospital estiver pronto, que a Universidade inclusive economize, uma vez que não será mais necessário uma série de investimentos que hoje são feitos para enviar os estudantes para hospitais em outras cidades”, explicou.
A obra ainda não tem cronograma definitivo de início, mas a gestão universitária segue atuando junto aos responsáveis pela repactuação para garantir que os recursos sejam liberados e o projeto possa, de fato, sair do papel.