A barragem Xingu, localizada na mina Alegria, em Mariana (MG), teve seu nível de emergência reclassificado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A estrutura, que desde 2019 se encontrava no nível 2, passou agora para o nível 1, após a realização de novas investigações geotécnicas e o aprimoramento do monitoramento técnico-operacional.
Segundo a Vale, responsável pela barragem, a redução do nível de emergência foi viabilizada por meio de estudos mais detalhados sobre a estabilidade da estrutura, ampliação dos instrumentos de monitoramento e progressos nas análises técnicas realizadas nos últimos anos.
Início das obras de descaracterização
A primeira fase da descaracterização da barragem Xingu teve início no mês passado, com a realização de atividades preparatórias, incluindo a instalação de novos instrumentos de medição, melhorias no sistema de drenagem superficial e adequações de acesso à estrutura. As intervenções fazem parte do cronograma de obras ambientais, que visam garantir a segurança e estabilidade da barragem.
A previsão é que as obras completas de descaracterização da estrutura sejam concluídas até 2034. Não há moradores localizados na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem Xingu, o que elimina a necessidade de ações emergenciais de evacuação.
Compromisso com o fim das barragens a montante
A Xingu integra o conjunto de 13 barragens com alteamento a montante que ainda devem ser descaracterizadas no Brasil. Ao todo, o Programa de Descaracterização da Vale prevê a eliminação de 30 estruturas desse tipo. Desde 2019, 17 já foram descaracterizadas, o que representa 57% do total previsto. A companhia já investiu mais de R$ 10 bilhões no programa.
Todas essas estruturas estão atualmente inativas e sob monitoramento contínuo. De acordo com a empresa, os Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, garantindo acompanhamento constante das condições de estabilidade.
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