É dia de final e o torcedor acorda empolgado, outro de tão ansioso noite passada já nem dormiu, pensou no time escalado, lembrou de finais do passado, tentou prever resultados e refutou todos os contrários.
É dia de final!
E este dia costuma durar bem mais do que o normal.
É o campeonato do nosso estado, é a final de Minas Gerais.
Ah Minas Gerais… Minas Gerais dos causos e casos, das belas serras e cachoeiras, das belas casas e igrejas, das obras de Aleijadinho.
Minas Gerais do Tupi e Tupynambás, do URT e do Boa, do Guarani.
Minas Gerais do Vila Nova, do Pinguim (“que nem no banco tá”), do Tombense e da Caldense, da Patrocinense… Times e cidades por onde passamos e que ficaram pelo caminho, ficaram “logo ali”.
Minas Gerais do América, mas principalmente do Cruzeiro e do Galo, times que dividem o estado e que disputam a grande final.
É dia de final e é também dia de clássico… O pai veste preto e branco, a filha a mesma cor, o genro e o neto vêm de azul contrariando o avô.
É dia de festa e farra, sofrimento, alegria e até dor, dia de a plenos pulmões ao time declarar seu amor, empurrar e encorajar em um confronto onde só um sairá vencedor.
Tudo isso faz parte da festa e é bom respeitar por favor.
É dia de final!
E o dia amanheceu diferente, para uns o galo cantou mais forte, para outros o céu esta mais azul.
É dia do grande jogo, e que a bola role afinal, que a paz impere no estado que vença o bem, nunca o mal.
Muito bom o texto, retrata bem o sentimento do torcedor