Análise crítica: ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’

Análise crítica: ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’

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“Capitão América: Admirável Mundo Novo” é o primeiro filme do Universo Cinematográfico Marvel (UCM) com Sam Wilson (Anthony Mackie) assumindo o escudo do Capitão América, depois que Steve Rogers (Chris Evans) passou o bastão em “Vingadores: Ultimato” (2019). Como o quinto filme da Fase 5 e o quarto da franquia do Capitão, ele tinha tudo para ser um marco, especialmente por trazer uma nova pessoa sob o uniforme icônico — algo comum nos quadrinhos, mas inédito nos filmes. Só que, no fim das contas, o filme acaba sendo mais ou menos: nem decepciona completamente, nem empolga.

A história começa com um ataque ao presidente dos EUA, que joga Sam Wilson e o Falcão no meio de uma conspiração global. O novo Capitão América precisa desvendar os planos de um vilão misterioso antes que o mundo vire um caos. Apesar de puxar elementos de filmes como “O Incrível Hulk” (2008) e “Eternos” (2021), além de referências à série “O Falcão e o Soldado Invernal” (2021), o roteiro se enrola em uma trama que é ao mesmo tempo complicada e previsível. Tem aquele clichê do vilão manipulador nos bastidores do poder, mas sem trazer nada realmente novo ou surpreendente.

Um dos pontos que salvam o filme é a atuação do Harrison Ford (“Blade Runner 2049”) como Thaddeus Ross. O cara manda bem, especialmente nas cenas em que ele explode de raiva — é pura convicção. Mas, mesmo com Ford no elenco, o filme não consegue escapar dos seus problemas. Sam Wilson, interpretado com carisma pelo Anthony Mackie, e Isaiah Bradley (Carl Lumbly), o “Capitão América esquecido”, têm um potencial enorme, mas acabam subutilizados. Já os coadjuvantes, como o assassino Seth Voelker/Coral (Giancarlo Esposito), são tão mal desenvolvidos que parecem só ocupar espaço.

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E aí tem o Hulk Vermelho. A aparição dele foi um dos grandes trunfos dos trailers, mas no filme a cena é rápida e meio sem impacto. Visualmente, é bonito — até tem um fundo de flores de cerejeira —, mas não consegue compensar a falta de peso emocional ou consequências reais para a trama.

A recepção do filme foi bem dividida. Os críticos deram uma nota morna de 49% no Rotten Tomatoes, enquanto o público geral curtiu mais, com 80% de aprovação. Essa diferença pode ser explicada pelo fato de o filme evitar pautas políticas ou ideológicas mais profundas, optando por um entretenimento mais “básico”. Para alguns, isso é um alívio; para outros, uma oportunidade perdida, já que o Capitão América sempre foi um símbolo de justiça e resistência. 

No fim das contas, “Capitão América: Admirável Mundo Novo” não é um fracasso, mas também não é nada que vá marcar história. Ele fica naquele meio-termo: cumpre o básico, mas não arrisca nem inova. Para os fãs mais hardcore da Marvel, pode ser uma decepção, especialmente depois de produções mais ousadas como “Deadpool & Wolverine” e “Agatha Desde Sempre”. Mas, se você só quer um filme de ação leve e divertido, sem grandes pretensões, ainda dá para se divertir.

Confira o trailer:

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