Alguns Candidatos à presidência da República repercutiram em suas redes sociais o incêndio de grandes proporções do Museu Nacional no Rio de Janeiro, mantido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A instituição, que completou 200 anos em 2018, tinha um acervo de 20 milhões de itens e sofria com a falta de reformas, além de enfrentar problemas de orçamento.
Por conta da dimensão da perda e da repercussão midiática, é bem provável que a cultura e propostas de medidas de proteção ao patrimônio histórico nacional entre na pauta da campanha política das eleições deste ano.
Fato curioso é que, dos 13 candidatos à presidência da República, apenas PT, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) registraram em seus planos de governo a intensificação da proteção do patrimônio histórico do país arquivado em museus e bibliotecas.
Os demais candidatos abordam o fomento à cultura de maneira geral de diversas formas, como a democratização do acesso à cultura, como afirmada a proposta de Guilherme Boulos (PSOL); o reconhecimento às diversas manifestações culturais, apresentado por Geraldo Alckmin; a promoção de parcerias com o setor privado para incentivar a produção cultural, defendida por Jose Maria Eymael (DC).
Álvaro Dias (Podemos), defende juntar as demandas do setor com investimentos ciência e turismo. João Amoedo (Novo) apresenta brevemente a possibilidade de novas políticas de financiamento; João Goulart (PPL) prevê estabelecer o protagonismo do Estado como formulador de prioridades culturais públicas.
Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lúcia (PSTU) não apresentam proposta para a cultura em seus planos de governo.
Veja o que foi publicado pelos candidatos:
Álvaro Dias (Podemos)
João Amoedo (Novo)
É muito triste ver o nosso patrimônio histórico em chamas. Esse é o resultado da falta de gestão e do abandono político que vivemos no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Precisamos nos envolver na política para fazer a diferença e evitar situações lamentáveis como essa.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) September 3, 2018
Guilherme Boulos (PSOL)
Muito triste o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, atingindo 20 milhões de itens da nossa história. Os cortes criminosos de Temer em recursos da Cultura e em investimentos estão condenando nosso futuro e destruindo nosso passado.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 3, 2018
Henrique Meirelles (MDB)
É muito triste saber do incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Trata-se da primeira instituição científica do Brasil, criada há 200 anos. Além do acervo de valor inestimável, o prédio incendiado foi palco de momentos decisivos da história do País.
— Henrique Meirelles (@meirelles) September 3, 2018
Geraldo Alckmin (PSDB)
O incêndio de grandes proporções que atinge o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, agride a identidade nacional e entristece todo o país. Neste momento de profunda perda, quero me solidarizar não apenas com os cariocas, mas com todos os cidadãos brasileiros.
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) September 3, 2018
Marina Silva (Rede)
A catástrofe que ainda atinge o Museu Nacional neste domingo equivale a uma lobotomia na memória brasileira.
— Marina Silva (@MarinaSilva) September 3, 2018
João Goulart Filho (PPL)
O incêndio do Museu Nacional é um crime contra o patrimônio brasileiro, que tem culpados: os cortes dos últimos governos à ciência, à cultura, à educação
— Joao Goulart Filho 54 (@joaogoulart54) September 3, 2018
Ciro Gomes (PDT)
Vamos ajudar a atenuar esta tragédia que o desgoverno no Brasil permitiu acontecer contra nosso mais caro patrimônio histórico. https://t.co/f2Y8pL0K59
— Ciro Gomes (@cirogomes) September 3, 2018