O ano de 2022 foi marcado pela quantidade de chuvas que ocorreu no estado de Minas Gerais, ocasionando diversos desastres como a queda de rodovias, árvores e enchentes. Por isso, todo cuidado é pouco. No mês de janeiro é um mês que quase sempre se inicia com muitas chuvas nas regiões mineiras. O número de cidades mineiras em situação de emergência já ultrapassa a casa dos 124 municípios, dado que consta no boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil desta quinta feira, dia 5 de janeiro de 2023. A região metropolitana de Belo Horizonte e cidades vizinhas sofrem com as chuvas.
No boletim da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o balanço do período chuvoso demonstra que, desde o dia 21 de setembro de 2022 até a presente data, já somam-se 14 óbitos por motivo das chuvas. São 1628 desabrigado e também já se somam 7520 desalojados. As situações de anormalidade das chuvas vêm a cada dia demonstrando mais força e novas medidas terão que ser tomadas. Os óbitos registrados foram nas cidades de Piraúba, Bom Jesus do Galho, Santa Luzia, Vespasiano, Bertópolis, Inhapim, Presidente Bernardes, Governador Valadares, Antônio Dias e Grão Mongol. Do ano de 2021 até o ano de 2022 foram registrados 60 óbitos, um número alarmante e expressivo.
A chuva com tal intensidade é causada no mês de janeiro devido a Zona de Convergência do Atlântico Sul, fenômeno meteorológico típico do período primavera/verão. A Defesa Civil de Minas Gerais alerta a previsão de fortes chuvas nos próximos dias, com a possibilidade de chegar a 200mm até amanhã, sexta (6). Os alertas são emitidos principalmente nas regiões centrais do estado, da Zona da Mata e dos Campos das Vertentes. Além disso, o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil) também publicou um aviso iniciando nesta sexta feira, dia 6 de janeiro, chuvas entre 20 e 30 ou até mesmo 50mm por dia. A possibilidade de ventos fortes, quedas de árvores e alagamentos não são tão grandes.
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A Defesa Civil de Minas Gerais recomenda que se tomem os cuidados, pede às pessoas para que não atravessem locais alagados e nem próximos aos córregos, como também não se abriguem debaixo de árvores e de lugares próximos à eletricidade. A atenção redobrada nesse momento é ideal, principalmente nas ruas, onde pode existir rachaduras perto dos locais íngremes. Às pessoas que também gostam de passear em cachoeiras, o cuidado é essencial, já que a existem as possibilidades das cabeças d´água; todo cuido agora é pouco.
No ano de 2023, a Defesa Civil de Belo Horizonte recebeu 66 solicitações de atendimento para vistorias em imóveis particulares nas regiões Noroeste, Norte e Centro-Sul da cidade. Foram registrados um dano de destruição de habitação, um deslizamento de encontras, 12 infiltrações e outras consequências. Os municípios próximos à capital mineira também vêm sofrendo com as chuvas, em destaque a cidade de Itabirito, que no mês de novembro de 2022 enfrentou mais uma enchente. O controle das águas está a cada vez mais difícil e as necessidades de novos modos do escoamento superficial da água urgem em todo os estado de Minas Gerais.