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Engenheira da UFOP cria garrafa que torna água potável e é finalista em prêmio mundial

Bárbara conta ao Mais Minas que a ideia surgiu com o objetivo de democratizar a água potável para as pessoas que não têm acesso ao saneamento básico.
26/11/2021 às 16:31
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3 min
Foto: Instagram / Bárbara Gosziniak
Foto: Instagram / Bárbara Gosziniak

A engenheira ambiental e estudante do Programa de Engenharia de Materiais (Redemat), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), desenvolveu uma garrafa para esterilização de água por radiação, com filtro carregado a luz solar, que torna qualquer água potável, chama-se “Aqualux”.

Bárbara conta ao Mais Minas que a ideia surgiu com o objetivo de democratizar a água potável para as pessoas que não têm acesso ao saneamento básico. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no Brasil, o que cria a exposição delas para contrair doenças diarreicas, que, inclusive, estão entre as dez principais causas de morte em países de baixa renda, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

“A ideia desse projeto surgiu a cerca de cinco meses, como um dos pilares do mestrado, onde eu estudo sobre a esterilização de parasitas via radiação. E eu queria aplicar esse estudo em algo que realmente possa fazer a diferença na vida das pessoas”, disse a engenheira ambiental.

O projeto dela vai representar o Brasil na grande final Red Bull Basement University 2021, que acontece entre os dias 13 e 15 de dezembro em Istambul, na Turquia, e vai premiar as ideias mais inovadoras do planeta. A competição recebeu 4.041 ideias de 43 países diferentes e Bárbara conseguiu sua vaga na final em meio a tamanha concorrência.

“Me sinto muito honrada de ter sido a escolhida brasileira, no meio de tantas ideias incríveis que participaram do programa. E muito feliz, por poder desenvolver meu projeto, com o apoio da Red Bull. E acredito que esse evento trará muito aprendizado para o desenvolvimento para meu projeto nesses três dias de imersão, com workshops e mentorias”, conta Bárbara.

O próximo passo do projeto é avaliar todas as possibilidades de fabricação da garrafa da forma mais acessível possível, para que o objetivo de democratização da agua potável seja comprido, e ela seja incluída no cotidiano das pessoas.

No caso de Ouro Preto, cidade que abriga a UFOP, o problema com o saneamento básico é tricentenário e, apesar da concessão do serviço para a Saneouro em 2019, a questão ainda parece longe de ter uma solução. Bárbara acredita que a garrada pode contribuir com a situação. “Vamos tentar contribuir ao máximo com os todos os responsáveis por garantir água potável para a população”, finalizou.

A engenheira ambiental conta com uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para a realização do seu mestrado na UFOP. Para acompanhar o desenvolvimento do projeto basta seguir o Instagram @team.aqualux, no qual a mestranda da UFOP atualizará o desenvolvimento e todas as etapas no Red Bull Basement.

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Última atualização em 19/08/2022 às 06:26