O torcedor atleticano nunca esteve tão desapontado com o seu time na atual temporada. São cinco derrotas seguidas, polêmicas extra-campo envolvendo jogadores, e ainda, a última notícia é de que salários estão atrasados. Perante todo o caos envolvendo o clube, qual a alternativa para ir ao Mineirão nesta quinta-feira (26) e conseguir uma vaga para a final, podendo salvar o ano do Atlético?
A atual sequência de derrotas do time é assustadora, nem em 2015, ano em que caiu de divisão, tiveram uma sequência tão ruim no campeonato nacional. Isso resultou em um número grande de manifestações dentre os torcedores dentro da capital mineira, ameaçando jogadores que tem se desempenhando muito mal e também à direção do clube que vem fazendo maus investimentos e acabando em contradições.
Mas dentro do campo, o Atlético terá que ser frio e preparar um meio estratégico de conseguir ser efetivo para marcar gols no Mineirão. O treinador Rodrigo Santana terá o maior desafio de sua carreira e, para isso, precisará acertar a criatividade do time no meio de campo, além de terem pontas que realmente tenham um leque no seu repertório: sendo através de jogadas na linha de fundo, seja por cortar para o meio, ou cruzamentos.
A criatividade do Atlético precisa começar pela transição do meio campo para o ataque, função de Vinícius, Elias e Cazares. A distribuição de bola precisa ser efetiva, ou seja, além da criatividade do armador, os pontas Chará e Cazares terão que se movimentar e dar opções. O ponto chave para essa tática de 4-1-4-1 de Rodrigo Santana dar certo é a partir de dois toques na bola por parte dos jogadores e muita movimentação, confundir a marcação do Colón. E a partir de treinos fechados no Mineirão, a surpresa para o adversário pode ser bem montada.
E ainda, outra esperança para o torcedor é o possível retorno de Jair no time. O volante que se destacou na temporada teve uma estiramento no músculo superior da coxa, e ficou fora das últimas partidas. Devido a baixa produtividade de Zé Wallace (substituto de Jair), o retorno do jogador vindo do Sport traz um maior otimismo para o Atlético.
E outro problema do Atlético é a instabilidade dos centroavantes durante toda a temporada. Ricardo Oliveira já provou que não está apto para ser artilheiro de um time campeão de uma competição continental. Talvez, repetir a ideia de utilizar o argentino Franco Di Santo como pivô seja interessante, relembrando taticamente a função de Jô no título da Libertadores em 2013.
Sobre a dupla de zagueiros, não poderá ter hipótese de sofrer gols. O Réver, muito instável na temporada, tem a missão de relembrar seu desempenho há seis anos atrás e voltar a ser um grande xerife para se dar bem, mais uma vez, no Mineirão. Outro ponto a destacar é sobre o goleiro Cleiton, que, além de estar muito bem na temporada com grandes defesas e convocações para a Seleção Brasileira, mostrou ser bom pegador de pênaltis, caso precise na decisão de quinta-feira.
O que está em jogo?
A desclassificação do time quinta-feira acarretaria em uma crise gigantesca do Atlético. Seria o fim de 2019 para o Galo, além de ser mais uma inconstância de trabalho com treinador. São 10 técnicos em cinco anos. A constante interrupção de sequência do planejamento acarreta em uma sequência de temporadas fracassadas, o que é uma questão muito antiquada para o futebol moderno. Além disso, a diretoria e presidência se encontraram desamparadas, tendo duas temporadas jogadas no lixo e mostrando-se amadora para assumir o cargo.
Em quê se apegar?
A paixão do torcedor atleticano é como uma massa de pão, quanto mais bate, mais cresce. Então, apesar de tantas adversidades, a torcida precisa acreditar na classificação durante os 90 minutos, fazendo o Atlético vencer e não assistir a um jogo do Galo. Será decisivo, é muita coisa em jogo na partida de quinta, portanto, a Massa sendo seu principal patrimônio, precisa mostrar porque tantos milagres já aconteceram na história recente do time alvinegro, incluindo no Mineirão, e como sempre fazem, terão que acreditar.