Dificilmente um fã de futebol não irá lembrar das arrancadas e dribles de Joel Campbell, da classe de Bryan Ruiz e dos milagres de Keylor Navas na Copa de 2014, disputada no Brasil. Aquela seleção da Costa Rica encantou e ganhou fãs, sendo parada apenas pela terceira colocada Holanda, de Arjen Robben e Robin Van Persie.
Apesar de pouco tradicional no futebol, possui bons resultados em Copas do Mundo, alcançando as quartas de final, seu melhor resultado até hoje, na edição de 2014, jogada no Brasil, e as oitavas de final já na sua estreia em mundiais, no ano de 1990.
Mesmo com boas credenciais deixadas em 2014, a Costa Rica não conseguiu repetir o feito do Brasil no ano de 2018, na Rússia, e caiu ainda na fase de grupos, sem vencer um jogo sequer. E a missão do Catar, neste ano de 2022, também não parece ser nada fácil.
O sorteio da fase de grupos colocou a Costa Rica para enfrentar ninguém menos que Alemanha, Espanha e Japão, sendo as duas primeiras seleções consideradas entre as mais fortes do mundial, mesmo que ambas já não vivam suas melhores fases nos últimos anos. Já a seleção japonesa, mesmo sendo bem mais modesta que as rivais, costuma dar trabalho em copas, a Bélgica de 2018 que o diga.
Muralha no gol da Costa Rica
Se tem algo que permite que os costarriquenhos sonhem com um remake de 2014, isso se chama Keylor Navas. Apesar de hoje, o goleiro de 35 anos ser reserva absoluto de Donnarumma no PSG e não ter jogado uma partida sequer na temporada, seu talento e poder de decisão é indiscutível e um bom desempenho na Copa pode ser um up numa carreira que ainda tem muito para dar.
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Destaques envelhecidos
Bem, se no gol a Costa Rica conta com um dos grandes jogadores da última década no futebol mundial, na linha as coisas mudam bastante de patamar. Com a maioria de seus jogadores atuando fora da Europa, os mais conhecidos nomes da equipe já se encontram envelhecidos e bastante longe daquilo que um dia foram.
Francisco Calvo, zagueiro do Konyaspor da Turquia, é o principal nome da linha defensiva, e o lateral-esquerdo Bryan Oviedo, com longa passagem no futebol Europeu e atualmente na MLS, pode servir como opção, apesar de hoje estar longe de ser o atleta que já foi.
Um dos grandes nomes de 2014, o meia-armador Bryan Ruiz, que chegou a se aventurar no Brasil, jogando pelo Santos, segue na seleção, mesmo no alto de seus 37 anos de idade. Bem, o camisa 10 que hoje atua na Alajuelense, da Costa Rica, não deve mais conseguir atuar em alto nível numa Copa do Mundo e sua presença se deve pela bonita história construída com a camisa de seu país.
No ataque, Joel Campbell, que mais prometeu que entregou em sua carreira por clubes, mas que não costuma decepcionar por sua seleção, é um dos pilares. Mas hoje, aos 30 anos, não é mais o jovem de 22 que infernizou defesas adversárias em 2014. Mas se Campbell envelheceu, ele pode entregar sua experiência para potencializar a juventude Jewison Bennette, de apenas 18 anos, um dos destaques da equipe, que atualmente joga pelo Sunderland, da segunda divisão inglesa.
Bem, os prognósticos não são favoráveis à Costa Rica, mas em 2014, quem apostaria que aquela equipe se classificaria num grupo com Uruguai, Inglaterra e Itália. No futebol um raio pode sim cair no mesmo lugar, então as gigantes que se cuidem!
- Time base (4-4-2): Keylor Navas (PSG-FRA); Keysher Fuller (Herediano-CRC), Óscar Duarte (Al Wehda-KSA), Francisco Calvo (Konyaspor-TUR) e Bryan Oviedo (Real Salt Lake-USA); Gerson Torres (Herediano-CRC), Celso Borges (Alajuelense-CRC), Yeltsin Tejeda (Herediano-CRC) e Jewison Bennette (Sunderland-ING); Joel Campbell (Club León-MEX) e Anthony Contreras (Herediano-CRC).
- Técnico: Luis Fernando Suárez
- Capitão: Bryan Ruiz
- Destaque: Keylor Navas
- Jogos: Espanha (23/11); Japão (27/11) e Alemanha (1/12).
- Prognóstico: Última colocada no grupo
- Melhores participações: 2014 (quartas de final)
- Ídolos históricos: Keylor Navas, Bryan Ruiz, Joel Campbell, Paulo Wanchope
- Maior goleador: Rolando Fonseca (47 gols)
- Jogador que mais vezes atuou: Walter Centeno (137 jogos)