Perto de completar nove anos do rompimento da barragem de Fundão, o maior desastre ambiental do país ganha destaque no cenário internacional com o podcast Dead River, da bióloga Liz Bonnin.
Em meio ao processo milionário de diversos requerentes contra a BHP Group e Vale no tribunal de Londres para definir quem deveria aceitar a responsabilidade legal e financeira em um processo de R$ 230 bilhões, a produção é um meio importante para dar voz à um crime que, até hoje, não foi solucionado.
Sobre o Podcast
Ao todo, são 3 episódios narrativos que contam histórias de vítimas do acidente, a morte de um rio importantíssimo para toda região e os desafios que a população atingida enfrenta até hoje.
O primeiro episódio,“Baixo Risco“, contextualiza de forma ampla como a lama atingiu o leito do Rio Doce e introduz o papel das principais responsáveis pelo crime na região que, até hoje, não tem solução.
O segundo episódio é “O Silêncio das Sirenes”, que descreve, minuciosamente, os momentos antes do desastre do dia 5 de novembro de 2015 e o pânico da população de Bento Rodrigues com a onda de rejeitos de minério.
O terceiro e último episódio é a entrevista da jornalista Cristina Serra com Pamela Isabel, mãe de Emanuelle, uma das 19 vítimas da lama da barragem de Fundão.
Para conferir o podcast Dead River, clique no link
Audiência em Londres
Recentemente, Celso Cota esteve na capital britânica para acompanhar de perto o processo sobre o rompimento da barragem. A audiência foi marcada por protestos na porta do tribunal com os manifestantes do Povo Krenak e lideranças políticas que entovam cânticos de justiça para os atingidos e para o Rio Doce, devastado pela lama.
Ontem (27), em sua posse, Duarte Júnior relembrou a tragédia que assolou a Primaz de Minas em 2015. À época prefeito de Mariana, Du prometeu lutar por justiça à todos os atingidos enquanto estiver na Câmara dos Deputados representando o estado de Minas Gerais.