Fazer crochê é fazer arte, é produzir um abrigo, é confeccionar uma peça para o lar que pode ser lembrada durante anos.
Há diversas teses sobre a origem do crochê. Alguns historiadores acreditam que surgiu na pré-história, enquanto outros discordam colocando a Arábia Saudita como os precursores da técnica.
A China também está no páreo para “disputar” a autoria do artesanato.
No ocidente, o crochê foi popularizado a partir da França, que foi quem deu o nome se baseando em sua língua nativa. A palavra “croké”, que remete a um instrumento de ferro com a ponta curvada, faz menção à agulha usada para fazer crochê. Esse nome surgiu no século XIX. Outros tantos países adotaram o nome, mas para alguns, ele tem um nome próprio.
Assim como o Brasil, outros países da América do Sul aderiram ao crochê, como o Peru, que tem sua peculiaridade junto à arte, produzindo roupas, mantas e agasalhos.
Ao longo dos séculos a técnica foi passada de pais para filho, ou melhor, de mãe para filha, pois geralmente são as mulheres quem mais praticam o crochê. Entretanto, alguns nomes masculinos se destacam.
Atualmente as linhas que se cruzam são muito respeitadas no meio fashion. Estilistas de todo o mundo compreenderam a importância de um trabalho artesanal e incorporaram algumas peças ou pontos em suas coleções, o que entrega um nível maior de especificidade às peças.
Pontos
Pontos confeccionados com apenas uma agulha e um novelo de linha, nas espessuras desejadas, linhas que entrelaçam e formam uma perfeita sincronia, assim podemos definir o ato de fazer crochê.
Para os leigos, fazer crochê pode se tratar de ficar horas e mais horas praticando a mesma coisa. O que poucos sabem é que existe um leque de opções em pontos. Vamos conhecer alguns deles.
Correntinha
É impossível fazer crochê sem antes aprender a fazer a famosa correntinha, pois ela é o ponto de partida para todos os pontos.
Para fazer uma correntinha basta fazer um nó solto, introduzir a agulha em seguida ir puxando a linha. É um movimento repetitivo. O tamanho das correntinhas varia de acordo com a peça que se deseja produzir.
Por exemplo, se o propósito for fazer um tapete retangular de crochê, o tamanho da correntinha precisa ter o comprimento do tapete.
Quadrado
O ponto quadrado, como o próprio nome diz, forma vários quadrados pequenos na peça. Ele é comumente usado quando se deseja acinturar um vestido, por exemplo.
É ideal para iniciantes praticarem, pois para praticar basta fazer duas correntinhas, enfiar a linha com a agulha na corrente de baixo, em seguida puxar.
O quadrado pode ser feito com apenas um ponto alto, dois, ou três.
Fechado (ponto alto)
O ponto fechado também é muito comum entre as crocheteiras. Para produzi-lo basta fazer a correntinha e depois introduzir a linha com a agulha na correntinha inferior e puxar e ir fazendo isso consecutivamente, sem a necessidade de fazer mais correntinhas, além das iniciais.
Esse ponto é muito usado na confecção de roupas e sapatos infantis, pois como os pontos ficam bem juntos, a peça fica fechada, resguardando o corpo. Por isso é comum vê-lo em bustiês, biquíni, parte superior e inferior de vestidos, saias e shorts.
Bicos
Os pontos de bico são usados para finalizar as peças em crochê, mas também para enfeitar peças que não são de crochê, como panos de prato, toalhas de rosto, toalhas de bebês, entre outros.
Muitas artesãs vivem só de “passar” o bico em peças que não são de crochê. Além de ser uma mão de obra mais rápida, garante uma quantidade maior de trabalhos solicitados.
O bico mais popular e fácil de fazer é o em formato de nuvem. Entretanto há uma infinidade de bicos. Eles entregam um charme especial para as peças.
O que dá para fazer com o crochê
Quem é iniciante no crochê pode muitas vezes ficar perdido sem saber o que fazer. Obviamente, como toda e qualquer técnica esta não é diferente, exige tempo e experiência para se profissionalizar, ou pelo menos adquirir pontos mais firmes e certeiros.
Quando mais se tece, melhor ficam as mãos da artesã.
Conforme já levantamos aqui, há muitas coisas que podem ser produzidas a partir dos pontos de crochê. Mesmo que seja um trabalho artesanal, que entrega singeleza, essas peças são de utilidade cotidiana, já que se precisa de algumas peças para o dia a dia, porque não tê-las em grande estilo?
Veja as peças que você é capaz de produzir.
Bolsas
As bolsas artesanais são muito queridas, pois carregam horas do trabalho de alguém, que a fez única. Quando se considera o crochê, deve-se pensar, que embora os pontos sejam os mesmos, não há um molde, uma fábrica que vai produzir todas as peças iguais. Há uma pessoa que fez exclusivamente para outra pessoa.
Está aqui a beleza e o diferencial do crochê.
As bolsas, em específico, podem ganhar alguns adereços como flor, estrela, Sol, ou vir lisa, em um tom neutro, para as mais discretas.
O mais interessante é que se tratando de arte, o cliente pode escolher as cores, espessura da linha, material (existem vários tipos de linha) e os adereços que quer acrescentar (ou não acrescentar nada).
Porta papel higiênico
Enquanto uns colocam os papéis higiênicos em cestas, outros preferem nichos, já os mais estilosos, podem optar por um belo porta papel higiênico feito a mão.
Eles são práticos, podem ser instalados atrás da porta ou em qualquer parede do banheiro. Seja com cores discretas ou coloridas, para as mais extravagantes.
O interessante é que o porta papel higiênico pode ter dois, três, quatro ou até cinco espaços para guardar os rolos. O que torna o dia a dia dos usuários mais prático.
Bebê
As peças em crochê são muito delicadas, quando são feitas em linha de algodão. Por isso o crochê também é tradicionalmente usado na confecção do enxoval de bebês.
Através do crochê a artista pode fazer sapatinhos, toucas, calça, blusas, chapeuzinhos, luvas, mantas e casacos para quem ainda nem chegou ao mundo.
Outras peças
- Jogo americano de mesa
- Caminho de mesa
- Kit tapete para banheiro
- Passadeira
- Chapéu de Sol
- Luvas
- Porta-treco
- Cestos
- Colchas de cama Fronhas
- Capa para almofadas
- Brinquedos de pano
Como podemos ver, o crochê pode sim estar presente em nosso dia a dia. Essa técnica faz parte da vida humana. Que tal aprender hoje?
