Henrique Valladares, ex-vice presidente da Odebrecht e um dos principais delatores na Operação Lava-Jato, foi encontrado morto em sua casa no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (17). As causas da morte ainda não foram divulgadas.
Em delação premiada à Lava-Jato, feita em 2017, Valladares acusou o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG); o PSDB; o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o jornalista Diego Manardi do O Antagonista; e o empresário Alexandre Aciolly, dono das acamias Body Tech, de receberem propina da Odebrecht.
Valladares havia afirmado que pagou, pessoalmente, cerca de R$50 milhões (depositados em contas no exterior) ao deputado Aécio Neves, com envolvimento de Diego Minardi e Aciolly. Na época, eles teriam recebido o valor do Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht, parte da empresa que era responsável pela distribuição de propinas.
Além disso, alegou também ter dado dinheiro a representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Porto Velho e a lideranças indígenas. Também disse ter sido cobrado por Lobão, então ministro de Dilma Roussef, enquanto estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em ambos os casos, a empresa queria ser retribuída com facilitações na área de energia.
Organização Odebrecht – é um conglomerado empresarial brasileiro de capital fechado que atua em diversas partes do mundo nas áreas de construção e engenharia, química e petroquímica, energia, entre outros.