‘Divertida Mente 2’: uma análise crítica da sequência emocionante e lúdica sobre a adolescência de Riley

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Nove anos depois, “Divertida Mente 2”, sequência do aclamado filme infantil da Pixar, retoma a exploração do mundo emocional de Riley, agora em plena puberdade. Situado dois anos após os eventos do primeiro filme, Riley está com 13 anos, e suas emoções enfrentam novos desafios à medida que seu corpo e mente passam por transformações.

A premissa de “Divertida Mente 2” é audaciosa e aborda a complexidade da adolescência, um período marcado por mudanças intensas e frequentemente confusas. A trama se desenvolve de forma lúdica e sensível, tangibilizando os turbilhões emocionais típicos dessa fase da vida. O caos no centro de comando das emoções de Riley é instaurado com a chegada de novas emoções, como ansiedade, inveja, tédio e vergonha, que se juntam à já conhecida equipe composta por alegria, tristeza, raiva, medo e nojinho.

‘Divertida Mente 2’: uma análise crítica da sequência emocionante e lúdica sobre a adolescência de Riley
Crédito: reprodução

A inclusão dessas novas emoções é um dos pontos altos do filme. Ansiedade, dublada por Tatá Werneck, traz uma performance que mistura humor e autenticidade, refletindo bem a constante sensação de apreensão comum na adolescência. A inveja, com a voz de Gaby Milani, e o tédio, interpretado por Eli Ferreira, adicionam camadas adicionais à representação emocional de Riley, destacando como essas emoções, embora desagradáveis, são parte integral do crescimento e desenvolvimento pessoal.

Outro destaque é como o filme aborda a incerteza e o constrangimento, sentimentos intensamente vividos durante a adolescência. A dublagem de Fernando Mendonça como vergonha oferece uma perspectiva cômica, mas empática, dessa emoção frequentemente desafiadora.

O enredo, que se passa durante um fim de semana crucial para Riley, enquanto ela se prepara para entrar no time de hóquei e forma novas amizades na escola secundária, cria um pano de fundo dinâmico e emocionante. A narrativa é construída de maneira a refletir a incerteza e a instabilidade emocional da protagonista, com a alegria tentando desesperadamente manter o controle em meio ao caos.

Visualmente, “Divertida Mente 2” mantém o padrão elevado de animação da Pixar, com cenários vibrantes e personagens expressivos que capturam a essência das emoções. A animação não só complementa a narrativa, mas também enriquece a experiência do espectador, tornando tangíveis as complexidades emocionais que muitas vezes são difíceis de verbalizar.

A dublagem brasileira é outro ponto forte do filme, com um elenco talentoso que traz vida e autenticidade aos personagens. Miá Mello, como alegria, continua a ser a força motriz, enquanto Katiuscia Canoro e Leo Jaime, como tristeza e raiva, respectivamente, oferecem performances que equilibram humor e profundidade emocional.

“Divertida Mente 2” não é apenas uma sequência digna do original, mas também um filme que trata os sentimentos com a seriedade que merecem, sem deixar de lado os momentos mais desagradáveis e confusos da puberdade. O roteiro inteligente aborda essas emoções complexas com sensibilidade e humor, o filme oferece uma reflexão sobre o crescimento e o amadurecimento, tornando-se uma experiência cinematográfica envolvente para todas as idades.

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