Dívida bilionária da Vale é tema de ato público em Ouro Preto

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Vale a pena, Vale? Não, o povo diz que não vale a pena uma exploração desequilibrada que lucra valores imensuráveis à custa de vidas, desrespeito e sofrimento social. Da dívida que está estimada em 2,2 bilhões de reais, referente à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CEFEM), 310 bilhões pertencem a Ouro Preto.

“Quantos benefícios não poderiam ser efetivados em Antônio Pereira se a Vale já tivesse pago o que ela deve ao nosso Município de Ouro Preto? Estamos aqui para cobrar. Começamos hoje e não sabemos que dia vamos parar e estaremos firmes nessa cobrança. Queremos os recursos devidos e vamos lutar até o fim para recebermos esse recurso”, exclamou o prefeito Angelo Oswaldo durante manifesto na Praça Tiradentes.

Dívida bilionária da Vale é tema de ato público em Ouro Preto
Foto: Ane Souz

Assim foi o lançamento da Campanha Nacional para cobrança da dívida bilionária das mineradoras nesta tarde de quarta-feira, 24 de agosto. O evento, organizado pela Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), teve início na Casa de Gonzaga, onde foi assinada a Carta de Ouro Preto, um manifesto que busca garantir a vida, bem como o desenvolvimento das cidades a partir de uma mineração sustentável. Assim, reuniu representantes de várias cidades brasileiras que buscam reconhecimento e pagamento adequado pela exploração mineral realizada pela empresa Vale S/A.

“Esse ato de cobrança pública foi a solução depois de mais de 20 anos de um calote que essa dívida se transformou, o não pagamento de uma cobrança justa e absolutamente necessária. Ouro Preto representa a síntese de Minas Gerais e dos valores que este ato representa, sobretudo da liberdade de poder receber aquilo que é justo e necessário. Nós não vamos permitir esse calote da Vale”, concluiu José Fernando Aparecido de Oliveira, presidente da Amig.

Após a assinatura, houve um ato público de cobrança na Praça Tiradentes, quando foi feita a leitura da Carta de Ouro Preto e pronunciamento de algumas autoridades no sentido de trazer ao conhecimento público os prejuízos deixados pela exploração desequilibrada e informar sobre os direitos a que estão inseridos.

O ato contou também com a presença da vice-prefeita Regina Braga, o os prefeitos de Congonhas, Cláudio Antônio; de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos; de Itabirito, Orlando Caldeira; de Caeté, Lucas Ferreira; de Catas Altas, Saulo de Castro de Itabira, Marco Antônio Laje, além de gestores de Brumadinho, o presidente da Amig e atual prefeito Município de Conceição do Mato Dentro, José Fernando Aparecido de Oliveira, demais representantes da Amig e da sociedade civil.

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