O rapper mineiro fechou a programação da Virada Cultural de Belo Horizonte com um show que, dito por ele mesmo, foi histórico. Djonga, além de trazer seu lançamento desse ano, o disco “Ladrão”, levou algumas participações de artistas locais e, ainda, trouxe seus familiares ao palco, fazendo questão de demonstrar o valor de estar cantando para uma multidão na Praça da Estação, a maior de BH, em sua cidade natal.
O show foi muito marcado pela emoção do artista em estar se apresentando em Belo Horizonte. Durante o show, Djonga disse: “olha só, eu me lembro quantas vezes eu estava aí em baixo para ver show, tomando ‘pulão’ de polícia. E agora eu tô aqui em cima do palco cantando para vocês”. O público foi ao delírio em todas as declarações nostálgicas do artista e, fora isso, em todos os hits tocados.
Ontem foi poderoso, sinistro, emocionante e mais tudo q der pra falar . . . A maior praça de BH lotada pra ver meu show de graça, a favela desceu. . .mais uma fez fizemos história em casa. . .JOGAR EM CASA É BOM DEMAIS ! pic.twitter.com/OC3YqBSWXT
— Deus (@djongadorge) July 22, 2019
Ao decorrer do show, o palco recebeu a presença de Zulu, artista que fez a participação na música “Yeah” e que, recentemente, estava preso. “Queria que vocês batessem cabeça pra ele, pro cara ficar feliz, ele merece e o cara é meu irmão”, declarou Djonga. Ao final, os dois se abraçaram com muita emoção, citando o último verso da canção “pra quem já topou de tudo para mudar de vida”.
Posteriormente, o hit “UFA” foi entoado junto com a participação do artista Sidoka, fazendo o público pular junto. Além disso, Doug Now & Chris MC subiram ao palco para apresentar a música “Voz” do álbum “Ladrão”.
O show encerrou com a música “Olho de Tigre”, da qual tem seu mantra já conhecido pelo público: “Fogo nos racistas”. O artista destacou a valorização da cultura negra estar nos grandes palcos: “Vocês não tem ideia o que é fazer um disco chamado ‘Ladrão’, encher o Chevrolet Hall, e depois chegar aqui e encher a Praça da Estação, a maior da cidade. E a ideia é essa, devolver tudo que nossos antepassados construíram e devolver para os nossos”, disse Djonga ao fim de sua apresentação.
Família
Em meio ao show, Djonga acalmou os ânimos e cantou “Leal” em homenagem à sua namorada, Malu, mulher que está grávida do segundo filho do cantor. “Agora vou falar um pouquinho sobre amor, porque a gente não tem que viver só desgraça não, a gente tem que viver coisa boa também”, declarou o cantor antes de apresentar a música.
E Dona Maria Eni também foi ao palco dar um abraço em seu neto. A canção “Bença”, música em homenagem à ela, foi cantada pessoalmente pelo artista. A avó do cantor é a mulher que está presente na capa do disco “Ladrão”.
Além de tudo isso, Dona Rosangela ouviu seu filho cantar a música dedicada à ela, “A Música da Mãe”, de cima do palco para o delírio da multidão. A canção é um dos recordes de visualizações do artista, tendo mais de 16 milhões de acessos.
Encerramento
O show de Djonga encerrou a quinta edição da Virada Cultural de Belo Horizonte, se apresentando às 19h e com término às 21h15. Foram 400 atrações em 10 palcos e 15 espaços alternativos pelo centro de BH, trazendo eventos para todos os gostos.