O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), proibiu que ônibus flagrados sem cobrador fossem retirados de circulação. Na manhã desta terça-feira, o chefe do Executivo anunciou a proibição, sendo um dia depois que agentes da BHTrans e representantes da Comissão de Transporte da Câmara de Vereadores recolheram as licenças de 14 ônibus na Pampulha que estavam sem cobradores no horário que é obrigatório por lei. Kalil afirmou, em entrevista durante uma visita ao Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam), que a retirada dessas linhas foi um erro.
Porém, mesmo que ele tenha cancelado essa proibição, as empresas ainda serão punidas. Segundo o prefeito, as empresas continuarão recebendo multas ao descumprirem as leis, devendo pagar o acerto, chamado de tarifa contratual, no final do ano. Ele afirmou que só assim as empresas de transporte coletivo sentirão um verdadeiro prejuízo, já que antes, os únicos que saíram prejudicados foram os usuários do transporte.
Entenda o caso
O prefeito Alexandre Kalil, havia determinado que as empresas de ônibus contratassem 500 novos cobradores. Todos os cobradores deveriam ser contratados até o fim de setembro, de maneira definitiva e sem desvio de função. A nota foi publicada no site da prefeitura de Belo Horizonte no dia 27 de agosto. Ele havia deixado claro que, se não tivesse cobrador nos ônibus, não haveria aumento na tarifa este ano.
A presença de trocadores é obrigatória por lei em BH. Os coletivos só podem circular sem os funcionários na parte da noite, entre 20h30 e 6h. Em seis meses, 5.098 multas foram aplicadas por desvio da lei.