Em entrevista exclusiva, Mais Minas conversa com Célio Lúcio, técnico do Cruzeiro na Copinha

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Formado na base do Cruzeiro, Célio Lúcio é um dos zagueiros mais vitoriosos da história do clube. Lançado ao profissional no início dos anos 90, o ex-defensor participou ativamente dos títulos da Supercopa de 1992, Copas do Brasil de 1993 e 96 e Copa Libertadores de 1997. Consagrado como jogador, hoje ele é técnico do time sub-20 da Raposa, que está disputando a Copa São Paulo de Futebol Júnior. 

Em entrevista exclusiva ao Mais Minas, Célio conta sobre suas experiências como atleta de base do Cruzeiro, os jogadores do profissional que foram cortados da Copinha e a rodagem do elenco no próximo jogo da competição.

Passado na base e relação antiga com a Copa São Paulo

Com história na competição, Célio falou um pouco sobre suas memórias com ela:

“Eu joguei sim a Copinha. Se eu não me engano, em 89 e 90. Naquela época a condição da competição era bem mais simples, haja vista que a gente veio de ônibus de carreira. Embarcamos na rodoviária e viemos pra São Paulo. Ficamos alojados debaixo da arquibancada do Pacaembu, onde havia quartos com beliches e uma estrutura bem simples. Mas nós tínhamos uma motivação muito grande, como é hoje, já que é um torneio de projeção mundial. Nós fizemos uma grande campanha, se eu não me engano nós fomos eliminados nas quartas de final para o Corinthians, nos pênaltis”.

O jogo mencionado pelo treinador ocorreu na edição de 1990 da Copa. Em um formato um pouco diferente do atual, o Cruzeiro foi eliminado na terceira fase. Após um empate por 1 a 1 no tempo normal, a equipe celeste foi derrotada pelo Corinthians por 4 a 1 nos pênaltis.

Exclusiva: Mais Minas conversa com Célio Lúcio, técnico do Cruzeiro na Copinha

Célio Lúcio em partida contra o Grêmio nos anos 90 – Crédito da foto: Arquivo Cruzeiro

Atletas vetados da competição

Confirmados no elenco profissional desse ano, alguns jovens jogadores como Maurício, Edu é Popó estavam aptos para a disputa da Copinha. Perguntado sobre a possibilidade de ter inscrito esses atletas no elenco da competição, Célio Lúcio respondeu:

“Esses atletas foram até inscritos, já estava combinado que eles viriam para a Copinha. O Edu (zagueiro), o Rômulo (volante), o Maurício (meia) e o Popó (atacante). Porém, acabaram definindo de última hora, faltando uma semana mais ou menos, que eles não viriam. Pra gente foi ruim, porque eles eram praticamente a espinha dorsal da nossa equipe. Por outro lado foi bom, uma oportunidade principalmente para aqueles meninos que subiram do juvenil. Assim eles podem mostrar o seu potencial e dar sequência em suas carreiras. Principalmente porque eles tão transicionando do time juvenil para o júnior”.

Diferenças na base do Cruzeiro para a do passado

“A diferença da base hoje para a minha época é grande. Naqueles tempos o Cruzeiro estava se estruturando, nós não tínhamos campos, materiais e alojamentos ideais para treinar. Hoje não, os garotos tem uma estrutura. Tem psicologia, bons alojamentos, alimentação controlada… profissionais preparados em todas as áreas para ajudá-los no crescimento tanto como ser humano como atleta. Fora as questões contratuais que eles já tem. Eu costumo dizer que a base do Cruzeiro é praticamente igual o profissional na minha época, em questão de remuneração e estrutura pra se praticar o futebol”, disse o treinador, exaltando as diferenças e melhorias que o futebol de base celeste teve ao longo das últimas décadas.

Júnior

Célio Lúcio quando era auxiliar-técnico de Ricardo Resende – Crédito da foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Rodagem no elenco

Após duas vitórias nos duas primeiros jogos da Copinha, o Cruzeiro garantiu antecipadamente a sua classificação para a próxima fase da competição. Nesta sexta, às 17h, o time enfrentará o Oeste em jogo que vale a liderança do grupo 27. Perguntado sobre a possibilidade de poupar alguns jogadores e testar novas opções, Célio comentou:

“Eu ainda não defini com a minha comissão técnica, mas é provável que mudemos um pouco a estrutura da equipe. No domingo já temos jogo da próxima fase, então temos que ter um equilíbrio na questão física e de recuperação dos atletas. Vou sentar e conversar com a minha comissão e ver o que for melhor para o time e jogadores. Vamos definir essa escalação para estarmos bem preparados para a partida, para evitar baixas e lesões no time. Até porque a competição passa a ser diferente, eliminatória, e não teremos tanta tranquilidade para administrar a parte física. Temos que ter uma sensibilidade maior nesse jogo, para chegarmos 100% no domingo. No mata-mata a intensidade e a concentração no jogo tem que ser maior, para isso precisamos estar bem fisicamente”. 

Como disse o treinador, após encerrar a primeira fase nessa sexta-feira, o Cruzeiro joga a segunda fase no domingo (12), quando enfrentará um adversário vindo do grupo 28, que é composto por Moto Club, Sport, Desportiva Paraense e Audax.

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