Engenheira da UFOP é campeã mundial dos desafios de storytelling na Turquia

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Bárbara Gosziniak, engenheira ambiental e mestranda do Programa de Engenharia de Materiais (Redemat), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), viajou até Istambul, na Turquia, em março deste ano, para disputar a final do Red Bull Basement University, que premia as ideias mais inovadoras do planeta. A competição recebeu 4.041 ideias de 43 países diferentes e a brasileira conseguiu sua vaga na final em meio a tamanha concorrência.

Para conseguir uma vaga na final, Bárbara desenvolveu uma garrafa para esterilização de água por radiação, com filtro carregado a luz solar, que torna qualquer água potável. O utensílio ganhou o nome de “Aqualux”.

Engenheira da UFOP é campeã mundial dos desafios de storytelling na Turquia
Foto: Instagram/Gosziniak

Logo na primeira noite em Istambul, Bárbara conquistou uma medalha. Quando a organização do Red Bull Basement University anunciou os finalistas de todos os países, fizeram um evento online para iniciar as atividades do programa que haveria antes da grande final na Turquia. Entre as atividades haviam palestras, workshops, mentorias e desafios semanais que os participantes deveriam contar nas redes sociais ao longo de nove semanas suas histórias de vida, história do projeto e desenvolvimento do trabalho ao longo do programa. Os critérios de avaliação foram: criatividade, forma de contar a história e desenvolvimento do projeto.

Bárbara se sagrou campeã mundial dos desafios de storytelling, premiação dada a participantes pelas histórias relacionadas às suas missões.

“Eu postei todos os desafios no Instagram do Team Aqualux e logo na abertura, após uma atividade para interagirmos, anunciaram que eu tinha sido a campeã”, conta Bárbara ao Mais Minas.

Engenheira da UFOP é campeã mundial dos desafios de storytelling na Turquia
Foto: Instagram/Bárbara Gosziniak

Na classificação geral do Red Bull Basement University, Bárbara não ficou no pódio. Mas, mesmo com todo o nervosismo de se apresentar em inglês para mais de 100 pessoas, a sua apresentação foi muito elogiada. Um dos jurados, Marcus Kennedy, gerente geral do segmento de jogos da Intel, a parabenizou pelo projeto e a disse que a colocou em seu Top 3.

“Foi uma viajem muito intensa e uma das melhores experiências da minha vida. Estava extremamente feliz por representar o meu país, é uma emoção inexplicável. E junto com a alegria veio o nervosismo, o medo de não conseguir me comunicar bem, de falhar na hora da apresentação, mas tudo isso foi superado quando cheguei no evento. Fui muito bem recebida e acolhida por todos que participaram, os finalistas, mentores e anfitriões da Red Bull”, disse a engenheira ao MM.

A programação do Red Bull Basement foi intensa, com palestras, mentorias individualizadas sobre apresentação e workshops com livre escolha dos temas. A engenheira da UFOP fez sobre “o valor do negócio orientado a propósitos” e “a atenção certa da mídia pode lançar seu negócio a novos patamares”.

As atividades iniciavam por volta de 6h e durava até por volta das 22h. Mas, mesmo assim, Bárbara conseguiu conhecer algumas peculiaridades da Turquia.

“Tive a oportunidade de experimentar comidas do país, conhecer pessoas de lá e fazer um passeio de barco no Bósforo (que divide a parte asiática e europeia de Istambul, unindo o Mar Negro e o Mediterrâneo). Me chamou a atenção o quanto a cidade é lotada de gatos, por toda parte, eles entram e saem dos lugares livremente, e são muito bem tratados e alimentados por todos, além de serem extremamente dóceis”.

Bárbara acredita que a UFOP é uma grande instituição de ensino, que tem profissionais e alunos excelentes, além de vários projetos de ponta. Inclusive, no laboratório em que trabalha, LAPPEM, há diversos outros estudos que podem ajudar a melhorar o mundo por meio da ciência.

“Acredito que só temos como transformar o mundo e a vida das pessoas através da educação. A universidade pública transforma a vida de milhares de pessoas que não teriam como pagar por um curso superior em uma universidade particular e provavelmente não alcançariam altas posições profissionais, tornando isso possível. Ela torna a educação um pouco mais democrática. Além disso é o berço da ciência, ela forma grandes cientistas, e é onde os principais estudos do país são realizados. Mas ela precisa de investimentos, para que o país tenha ótimos profissionais disponíveis e os estudos sejam realizados, com o fim de serem usados para melhorar a vida de todos”, finaliza Bárbara Gosziniak.

Garrafa que transforma água potável

O próximo passo do projeto é avaliar todas as possibilidades de fabricação da garrafa da forma mais acessível possível, para que o objetivo de democratização da agua potável seja comprido e ela seja incluída no cotidiano das pessoas.

A engenheira ambiental conta com uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para a realização do seu mestrado na UFOP.

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