Desde que o Atlético passou a ser comandado por Thiago Larghi, temos percebido nítidas melhoras no desempenho do time. Sendo 3 delas bastante evidentes; velocidade, padrão e, pelo menos, uma variação.
Velocidade
Proposta essa que surgiu no início do ano, com a reformulação do elenco e venda de jogadores mais velhos, a exemplo de Robinho e Fred. Daí muitos podem perguntar, “mas e o Ricardo Oliveira? Ele é velho também”. E, de fato, é sim! Afinal tem 37 anos, até mais que Fred. Porém, outro fato é que, o atacante atleticano demonstra extrema dedicação com seu físico, treinando duro, mesmo durante as férias e, exibindo, como conseqüência, um ótimo preparo físico, velocidade e, principalmente, mobilidade dentro de campo. Sem querer comparar, mas já comparando, acredito que essa seja a grande diferença entre ele e Fred, a maior movimentação que Ricardo tem. O camisa 9 do Galo, de fato, tem 37 anos, 3 a mais que Fred, mas a idade corporal do atleta não aponta isso e, deste modo, o conjunto do Atlético tem se mostrado muito mais veloz, se comparado ao estilo de jogo adotado por Oswaldo de Oliveira, mesmo com as mesmas peças nas mãos
Padrão
Hoje pode-se afirmar que o time de Thiago Larghi já possuí um padrão de jogo e uma formação praticamente fixa, além de seus favoritos e, conseqüentemente, titulares. Drama que o torcedor viva com Oswaldo, afinal, o ex-treinador, parecia um tanto “perdido” e, como dito anteriormente, usando o time de forma lenta, que para, pensa e cadencia jogadas, com a mesma proposta de jogo que utilizou com o elenco do ano passado. Lá, com aquelas peças, deu certo, e o time, de fato, melhorou bastante e, inclusive, saiu de uma condição de luta contra o rebaixamento pra uma quase vaga na Libertadores. Porém, como apontou o Diretor de Futebol, Alexandre Gallo, em entrevista para a rede Globo, as peças trazidas esse ano foram justamente para mudar a proposta, ter um time mais veloz, fator que Larghi, mesmo sendo remanescente da comissão de Oswaldo, conseguiu similar bem e aplicar com seus jogadores.
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Variação
Na última partida, vitória por 2 a 0 sobre o América, que garantiu classificação para a final do Campeonato Mineiro, vimos uma variação importante e que deu muito certo. Quando Larghi trouxe pra campo o jovem Gustavo Blanco, e assim, conseqüentemente, possibilitou o volante Elias ter mais liberdade para chegar ao ataque, lembrando, inclusive, a função que fazia em tempos áureos de Corinthians. E com mais liberdade, o camisa 8 marcou o segundo gol do Atlético, aos 32 minutos do segundo tempo.
“A gente entendeu que o time ganharia com a presença do Blanco na questão da marcação. Podemos, assim, adiantar o Elias. Fomos felizes. O Elias entrou, foi na área como um meia que ele é. Tem que defender, tem que ataca, sendo meia, sendo atacante, sendo ponta, qualquer função. Futebol hoje em dia, tem que exercer as funções de ataque e defesa da mesma forma. E o Elias foi muito feliz ali, e a gente conseguiu a vitória”, apontou Thiago Larghi em entrevista concedida ao globoesporte.com.
No momento, o treinador atleticano tem aproveitamento de 69%, com 8 vitórias, 1 empate e 3 derrotas, números que são muito bons para os padrões do futebol brasileiro. A partir desses prognósticos, o torcedor pode sim acreditar no trabalho que vem sendo feito por Larghi, que se demonstra um profissional dedicado e, no mínimo, muito estudioso que, inclusive, já fez estágio com o renomado Pep Guardiola, durante o período em que o treinador espanhol comandou o Bayern de Munique, entre 2013 e 2016.
Caso continue no comando do time no Campeonato Brasileiro, (e tudo indica que sim), Thiago Larghi, de 37 anos, pode ser o treinador mais jovem na série A da competição.
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