É impossível falar sobre a música atual do Brasil sem falar da “Geração Tombamento”.
É impossível também abordar o tema sem falar de Liniker, Bia Ferreira, Iza, Alice Caymmi, Tassia Reis, Karol Conka, Linn da Quebrada, Johnny Hooker, Pabllo Vittar, e outros, mas a pergunta que não quer calar: o que todos esses artistas tem em comum?
É sobre isso que a “Janela Lateral” vai contar pra você neste artigo.
Manifesto em forma de música sempre aconteceu no nosso país, Caetano, Gil, a Tropicália toda, Secos e Molhados e tantos outros nomes veteranos da nossa rica música já usavam de suas artes para manifestarem o anseio de transformação no modo de pensar da sociedade brasileira.
A “Geração Tombamento” se é que se pode rotular essa galera (afinal são tão livres), intensificou esses manifestos, trans saíram do armário, mulheres negras se empoderaram, gordos estão quebrando padrões de belezas, gays e lésbicas ganhando voz, as mulheres no geral estão aderindo ao feminismo, e uma verdadeira revolução está acontecendo.
Usando a internet como principal mídia, esses artistas e movimentos tem ganhando grandes proporções e possuem vídeos com milhões de views no Youtube, como o cantor Liniker, que já teve mais de 19 milhões de visualizações na música Zero.
Além de views, a nova cena musical arrasta uma multidão de seguidores nas redes sociais, Facebook e Instagram, como o Johnny Hooker, que agrega no Insta 203k de fãs.
“Eu acho que a gente tá cada vez mais casando de ficar calado, sabe? Não dá mais pra ficar aguentando as pessoas no metrô falando do nosso cabelo, tipo ‘olha aquela pessoa toda esquisita na rua’, porque ta cheia de cor, ou porque ta de tumbante, ou porque ta de black azul ou black rosa. Então, a gente botar nosso empoderamento através da estética é uma coisa importantíssima pra gente, porque o tempo inteiro, desde que éramos criança, foi-nos dito que era feio ser assim, e a gente mostra que não, ser preto é maravilhoso de todo o jeito que a gente puder. Então eu acho que a geração tombamento é a geração pela estética, a geração do empoderamento é necessária e acho que isso reflete na gente e com certeza tem uma carga histórica aí que somatiza coisas pro futuro”
disse Liniker em entrevista para o programa Espelho.
É nesse clima de muita lacração que vou me despedindo desse artigo, mas, deixo um videozinho daqueles pra você empoderar aí onde estiver curtindo um “Pesadão” com Iza.
Beijos e até a próxima!!
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