Após polêmicas na Bienal do Livro, ocorrida no Rio de Janeiro durante 30 de agosto a 8 de setembro, o Secretário Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Juca Ferreira, manifestou em seu perfil no Twitter, que o prefeito Alexandre Kalil teria oferecido a capital mineira para sediar o próximo evento literário. Ao fim de sua publicação, Juca escreveu: “aqui não se prende livro nem se cultua a ignorância”.
Essa foi uma manifestação após a tentativa de censura na Bienal do Livro, por parte do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. No caso, uma ilustração presente no livro “Vingadores, a cruzada das crianças”, em que há um beijo entre dois personagens do sexo masculino.
O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), no domingo (8), onde o presidente da Corte Suprema, ministro Dias Toffoli, derrubou a decisão do TJ-RJ que permitia o confisco de obras com temática LGBT que não estivessem lacradas.
Resistência
Várias pessoas que foram até a Bienal entoaram gritos de “não vai ter censura” e “Fora Crivella”, junto de bandeiras com o arco-íris. E ainda, teve até ‘beijaço’ entre os manifestantes para protestar contra a decisão do prefeito do Rio de Janeiro.
O youtuber Felipe Neto, com mais de 34 milhões de inscritos, também se manifestou e distribuiu 14 mil livros com a temática LGBT na Bienal. “O dia em que mandamos um recado claro para a censura e os opressores: vocês nunca irão calar o amor! O bem sempre vence e sempre vencerá. Foram 14 mil livros de temática LGBTQ+ distribuídos gratuitamente”, escreveu Felipe em seu perfil no Instagram.
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— Felipe Neto (@felipeneto) September 7, 2019