Incêndios se espalham pelo território mineiro, onde se repete, em certa proporção, o drama vivenciado na Amazônia. No Estado, agentes públicos denunciaram que a maioria das queimadas são decorrentes de atos criminosos. E o cenário, com níveis críticos da umidade relativa do ar associados ao período de estiagem, pode ser agravado.
Os alertas foram apresentados em audiência pública, da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, realizada nesta quinta-feira (5/9/19), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a participação de gestores públicos, agentes de segurança, representantes da sociedade civil, dentre outros.
Os incêndios florestais comprometem a qualidade do solo, da água, da vegetação e do ar. Outra consequência das queimadas é a redução da água potável, uma vez que o fogo pode secar as nascentes. Ao atingir casas, plantações e rede elétrica, traz também enormes prejuízos econômicos para as famílias e para o poder público, além de colocar em risco a vida das pessoas.
Em 2019, já foram alvo de incêndios importantes áreas de proteção ambiental em Minas como o Parque Serra do Cabral, a Serra do Intendente, a Serra da Moeda, o Parque Serra Negra e o Parque do Itacolomi, onde as chamas consumiram 313 hectares só nos limites da unidade, configurando a maior extensão atingida até o momento.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o número de queimadas, em áreas internas das unidades estaduais de conservação, como os próprios parques ecológicos, chegou, em agosto de 2019, a 201, sendo que a média histórica (análise que compreende os anos de 2013 a 2018) é de 203. As áreas atingidas, no entorno dessas unidades, até o momento, somam 2.166 hectares, contra os 3.736 hectares referentes à média do período.
* com informações do Portal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais