Mais de 1.500 litros de álcool em gel ilegais são apreendidos em Belo Horizonte

Na manhã dessa terça-feira (5), a Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu 1.669 litros de álcool em gel que foram produzidos em fábricas clandestinas, em Belo Horizonte, capital mineira. Durante a operação denominada “Alquingel”, efetuada em conjunto com o Ministério Público, Vigilância Sanitária e Receita Estadual, foi possível fiscalizar quatro empresas que estavam sendo investigadas pela produção.

Tudo começou após a Receita Estadual estranhar o surgimento repentino de diversas marcas de álcool em gel no mercado mineiro. Segundo Francisco Lara, coordenador da operação e auditor fiscal da Receita, o número de notas ficais não estavam sendo compatível com o número do produto vendido no comércio. “Um indício forte de irregularidade é que o volume de notas fiscais emitidas com a mercadoria não cresceu na mesma proporção do número de marcas e do espaço ocupado por elas em estabelecimentos como farmácias, mercearias e padarias”, disse o auditor.

Além dos 1.669 litros de álcool em gel, também foram apreendidas embalagens de 500 e de cinco mililitros, bem como 3.600 litros de álcool etílico hidratado, que provavelmente seriam utilizados para produzir mais álcool em gel.

Toda a quantidade de álcool em gel produzida de forma ilegal poderá ser doada se confirmada a segurança e eficácia do produto fabricado pelas empresas fiscalizadas. Uma amostra do produto foi enviada pela Vigilância Sanitária Estadual para a Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em caso de resultado negativo para o uso do produto, o material será descartado.

A venda de álcool em gel disparou 2.857 % no Brasil após o surgimento do novo coronavírus. O que para muitos empresários é crise econômica, para outros pode ser chamado de oportunidade de vendas. O problema é quando outras empresas se aproveitam do momento de pânico para produzirem e comercializarem produtos sem certificação. No caso específico do álcool em gel, essa prática pode inclusive ceifar vidas, pois muitas pessoas podem acreditar estar protegidas contra o coronavírus, que é principalmente transmitido através do contato das mãos com os olhos, boca e nariz, quando na verdade não estarão ao utilizar um produto falso.

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