Após a eliminação do Guilherme no sexto paredão do BBB 20, o clima começou a esquentar novamente, mas não dentro da casa, e sim aqui no mundo real. O público está acompanhando tudo com os olhos vidrados, inclusive a atitude de Marcela com relação a Babu. Seria ela mocinha ou vilã no reality?
Desde o início do jogo a Marcela tem sido vista como uma representante feminista dentro da casa, protegendo as “irmãs” dos ataques machistas. A participante chegou a ser chamada de “fada sensata” nas redes sociais, mas como se trata de um jogo, as peças do “tabuleiro” vão mudando de lugar e de uma hora para a outra pode haver reviravolta, ou muitas vezes uma atitude impensada pode jogar por terra toda a construção de uma imagem positiva, e transformar um salvador em opressor.
Nesta tarde a tag “Babu Não é Escravo” subiu rapidamente para o topo das tendências no Twitter. O assunto bombou nas redes quase que imediatamente após Marcela fazer um comentário que segundo parte do público, é racista.
Acontece que ao avistar Babu passando pela cozinha, Marcela, Daniel, Flayslane, Mari e Ivi, que estavam comendo, ficaram em silêncio, e logo após o brohter passar no local, Marcela começou a comentar com os amigos que sente compaixão pelo fato do participante estar na “xêpa” a quatro semanas e lançou um “ele não está merecendo”, e em seguida soltou uma, “ou a gente põe no paredão e ele sai ou ele come o que quiser”. A fala de Marcela não configura racismo, no entanto, Babu já havia alertado a todos sobre o olhar de soberba da participante com relação a ele, como se ela fosse superior, e hoje, Marcela lançou o mesmo olhar, reforçando a tese de Babu.
Outro participante que tem sido criticado por racismo é Daniel. No mesmo momento em que todos estavam discutindo sobre tirar o Babu da “xêpa”, muitos disseram que pelo seu temperamento difícil não iriam tirar, conversa vai e conversa vem, e Daniel lança um “e a imagem dele só vejo lá (xêpa), aqui (vip) não vejo a imagem dele”.
A fada não tão sensata assim Manu também fez um comentário que foi compreendido pelo público como racismo. Ao vê Marcela e Daniel se beijando, a Manuzinha comentou “pra mim casal que a cor combina, tipo a cor das pessoas mesmo é muito forte”, e completou, “esteticamente falando vocês são extremamente agradáveis, parabéns”.
A verdade é que todos nós temos defeitos, ninguém é cem porcento bom ou cem porcento ruim, com exceção dos psicopatas, sociopatas, etc. Da mesma forma que o machismo deve ser levado a sério, o racismo também deve, aliás, as duas coisas deveriam andar lado a lado, vejam o caso da Thelma, que tem sido chamada de “apagadinha” na casa. Ela que é mulher e negra deve ser preservada de todo o tipo de preconceito.
Enquanto muitos falam de feminismo elitizado branco, as mulheres continuam morrendo, e é bem da verdade que a maioria das mulheres que morrem por feminicídio no Brasil são negras, dois terços para ser mais exata. Contudo, é um mal que atinge todas as camadas sociais.
O Brasil iniciou uma batalha contra o racismo e machismo muito recente, e ainda existem pessoas que são preconceituosas, assim como existem as que querem verdadeiramente se libertar, porém as raízes disso tudo é muito profunda e de vez em quando podemos tropeçar e acabarmos cometendo certo erros, o que não é justificável, porém, aceitar a verdade do que somos, nos redimirmos e retornar ao caminho da igualdade é um bom começo para a ruptura deste “câncer” na nossa sociedade.
Quanto a Marcela, cabe repensar em seus atos. Há esperança para a sister, assim como para todos nós.