Hoje em dia, pessoas que utilizam produtos criados para o espaço virtual, como o caso de clientes do 777 Bet Bitcoin cassino, sabem que há uma expansão considerável do uso dos Bitcoins no mercado. Compras, apostas, premiações ou investimentos, cada vez mais há usos para a pioneira dentre as criptomoedas, até as que vieram depois dela, ocupando importantes espaços neste mercado.
Mas há muito mais o que discutir sobre este tema que seus usos no mercado. Um tema cada vez mais central nas sociedades atuais, que é a preservação do meio ambiente, também tem importantes questões que impactam diretamente o universo dos Bitcoins e das demais criptomoedas. 2023 foi o ano mais quente da história desde que as medições começaram, e 2024 tende a ser pior.
E o impacto ambiental da mineração de Bitcoins é um tema bastante sério, e traz alguns aspectos que precisam ser postos em evidência. Neste sentido, este artigo buscará passar um panorama da questão ambiental e da sustentabilidade naquilo que o tema dialoga com o universo dos Bitcoins e criptomoedas, para em seguida trazer à discussão a posição do Brasil neste debate para, por fim, apontarmos algumas iniciativas brasileiras de impacto positivo neste sentido.
O objetivo aqui, de modo geral, é tecer algumas considerações sobre oportunidades e questões a respeito da sustentabilidade e impactos ambientais da mineração dos Bitcoins, tendo em evidência o quadro brasileiro.
Impactos ambientais da mineração de Bitcoins
Em 2023, foi publicado um estudo que mostra que a mineração de Bitcoins, a nível global, gasta mais da metade da energia que a quantidade total de um país como a Itália, atualmente uma das 8 maiores economias do mundo. Além disso, gasta tanta água suficiente para abastecer 300 milhões de camponeses na África Subsaariana.
O estudo foi publicado na revista Earth’s Future, e foi feito pelo cientista Kaveh Madani, que buscou medir os impactos ambientais da mineração de Bitcoins ao redor do mundo. Mas como essas moedas, virtuais, geram tanto gasto energético e causa tanto impacto ambiental?
Para responder isso, precisamos entender alguns aspectos do processo de mineração. Eles se apoiam em uma rede de computadores cada vez mais potentes e que por isso requerem quantidades cada vez maiores de energia. Só assim as transações podem ser feitas e validadas constantemente e, assim, a rede de criptomoedas continuar o constante crescimento que mencionamos no início deste artigo.
Para se ter uma ideia do quanto se gasta de energia anualmente com a mineração de Bitcoins: de acordo com o estudo, esses supercomputadores, no seu conjunto, gastam 173,42 terawatts por ano. Isso quer dizer que a mineração de Bitcoins sozinha gasta mais energia que todo o Paquistão, um país com 230 milhões de pessoas.
Mas o problema não para por aí. Se observarmos bem a qualidade dessa energia, segundo o estudo, 45% dessa energia provém do carvão e outros 21% do gás natural, ou seja, fontes não renováveis e que emitem gases responsáveis pelo aquecimento global.
O Brasil e a discussão sobre a sustentabilidade na mineração de Bitcoins
Considerando o quadro acima, poderíamos até considerar que o Brasil tem destaque e alguma vantagem. Afinal, a maior parte da energia usada no Brasil é hidrelétrica, que apesar de alguns impactos ambientais significativos — como desmatamentos em áreas que são alagadas, por exemplo — ainda são energias limpas, comparativamente a fontes como carvão e gás.
Mas surge outros problemas. Por exemplo, o preço da nossa energia. Segundo dados divulgados em 2022 pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres, a Abrace, a energia elétrica do Brasil é a 2ª mais cara do mundo, atrás somente da Colômbia. Para piorar, entre 2017 e 2022, o custo da energia elétrica no Brasil subiu 47% em média.
Na prática, isso pode, no limite, inviabilizar a mineração de Bitcoins no Brasil. No mínimo, funciona como um impeditivo bastante sério para que ela aconteça. Porém, abrem-se oportunidades em meio a essas dificuldades, que podem e devem ser aproveitadas.
Brasil e a “mineração verde”
A empresa Arthur’s Mining, pioneira no conceito green mining ou mineração verde, foi fundada nos Estados Unidos e com sócios brasileiros. A ideia é combinar eficiência operacional com minimização dos impactos ambientais na mineração de criptos, o que vem rendendo à empresa expansão e lucros mesmo em cenários de queda de valor das criptos.
A empresa opta por fontes de energia renováveis, além de materiais geralmente desperdiçados por indústrias para que possam gerar energia. Assim, diminuem custos, otimizam sua capacidade operacional e levam ao mundo dos Bitcoins um novo conceito mais sustentável.
Atualmente, os olhos da Arthur’s Mining estão voltados para o Brasil. A ideia é levar sua expertise e operacionalidade para empresas geradoras de energia para que possam realocar recursos que geralmente são desperdiçados para poderem minerar Bitcoins.
Criptos e preservação ambiental em iniciativas brasileiras
No Brasil, há casos de sucesso como o da AMACoin, criada em projeto desenvolvido pela EBCF (Empresa Brasileira de Conservação de Florestas), junto com parceiros. Resumidamente, trata-se de uma criptomoeda voltada para financiar iniciativas de preservação da Floresta Amazônica.
No Brasil também há casos de sucesso de outras moedas que buscam financiar iniciativas que unem o uso de energia renovável com as criptomoedas, como no caso da EnyCoin, criada em 2022 para financiar a construção de usinas de energia solar.
Cabe mencionar também o caso da Pacto Energia, que opera uma planta de mineração de Bitcoins a partir de uma pequena usina hidrelétrica localizada no interior do estado do Ceará. A tecnologia de mineração de Bitcoins é fornecida pela Imagine Capital. Bem-sucedida, essa iniciativa mostra como é possível minimizar o custo energético de se minerar Bitcoins no Brasil combatendo o desperdício na geração de energia.
Conclusão: oportunidades no Brasil
A crise ambiental pela qual o mundo passa é uma realidade, e isso não é diferente no Brasil. Ao mesmo tempo que o quadro é grave, contornar alguns problemas visando diminuir o impacto ambiental em atividades humanas abre oportunidades. É o caso da mineração de Bitcoins.
Há muito o que se evoluir nessa área no Brasil. Há, de toda forma, iniciativas de sucesso nesse sentido.