Ministério Público requer que a Vale arque com renda mensal para moradores de Barão do Cocais

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Na noite de segunda-feira (01), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) se reuniu com a comunidade de Barão de Cocais para tratar dos prejuízos causados ao Município por causa do risco de rompimento da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, da mineira Vale.

A reunião foi comandada pelos promotores públicos Cláudio Daniel Fonseca de Almeida, André Sperling Prado, Cláudia Spranger e Silva Luiz Motta. Na reunião ficou acordado que o MPMG vai requerer que a Vale arque com uma renda mensal para a população da cidade, nos mesmos moldes que foi feito em Brumadinho, onde cada adulto recebe o valor de um salário mínimo, cada adolescente meio salário mínimo e cada criança, um quarto do valor.

O transtorno à população de Barão de Cocais se iniciou no dia 22 de março de 2019, quando a barragem Sul Superior foi elevada para nível de pré-rompimento após o acionamento da sirene de alerta.  A Barragem Sul Superior é uma das dez barragens a montante inativas remanescentes da Vale e faz parte do plano de descaracterização anunciado pela empresa.

Em entrevista ao Diário de Barão, o promotor André Sperling Prado disse que toda a cidade de Barão de Cocais foi afetada, pois a cidade se encontra parada desde o acionamento da sirene, e que o comércio está tendo prejuízo e que as pessoas estão com medo do que pode acontecer. O promotor acredita que esses já são elementos suficientes para se conseguir uma decisão nos mesmos parâmetros do que se conseguiu em Brumadinho, para que toda população da cidade tenha uma renda mínima, até que se equacione os problemas causados pela Vale. 

Segundo dados do IBGE, a população estimada de Barão de Cocais é de cerca de 32 mil pessoas, e o salário médio mensal dos trabalhos formais era de 2.4 salários mínimos em 2016.

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