O gênero teria nascido no ano da publicação de “Um estudo em vermelho”, de Conan Doyle, estreia de Sherlock Holmes.
Será?
“Presságio – o assassinato da freira nua” traz todos os elementos do romance policial. Além disso, remete às origens do gênero, muito antes de 1887, num periódico norte-americano chamado “Graham’s Magazine”.
Tal resgate, em “Presságio” (2015), deve-se à protagonista sobrenatural. Em 1841, um dos precursores do romance policiesco foi o conto de terror.
A mulher conhece o autor de um assassinato, mas é desacreditada. Graças ao seu histórico psiquiátrico, ela sofre porque há outro crime em vias de acontecer. Alice tem visões no livro de Leonardo Barros.
Médico, o escritor já tem cinco livros de ficção publicados, sendo os anteriores: Amor de Yoni (2008), Maníaco do Circo – e o menino que tinha medo de palhaços (2009), Beleza, Prosperidade e Riqueza (2010) e Em Trinta Dias – receitas de sucesso de um ex-otário (2011).
No seu livro, Leonardo Barros construiu uma trama cheia de sensualidade e misticismo. “Presságio” também remete a outra característica primordial do gênero: o suspense.
Em 1887, Arthur Conan Doyle decerto já conhecia os contos de Mary Shelley, Lorde Byron e Poe. Londres, no auge da Revolução Industrial, tornara-se uma cidade socialmente injusta e violenta. O surgimento, entretanto, do mais famoso detetive ficcional é posterior à inauguração do gênero do romance policial que, há 46 anos, deu-se na mais próspera das ex-colônias inglesas, os Estados Unidos da América.
Na verdade, o gênero se originou nos temas de terror e suspense, na metade do Século XIX, com “Assassinatos na Rua Morgue”, um folhetim de Edgar Allan Poe.
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