Menu

O rodopiar da vida

04/05/2018 às 22:48
Tempo de leitura
3 min

No decorrer da vida passamos por tantos acontecimentos que chega a ser inevitável a sensação de que tudo acontece muito rápido. Que o tempo voa. São tantas coisas que quando nos damos conta, parece que o tempo avançou desenfreadamente. Quem não se lembra do primeiro dia de aula, da formatura, do primeiro beijo, do primeiro amor, do primeiro emprego, do primeiro filho, do primeiro aniversário do primeiro filho… Grandes emoções!

Em muitas dessas emoções, sentimos a necessidade de deixar tudo registrado, seja em fotos, vídeos, papel. Hoje em dia, todos esses momentos podem ser registrados facilmente em fotos e vídeos nas muitas Redes Sociais existentes. Mas vamos falar especificamente sobre o papel e o poder libertador que ele proporciona.

Diz a ciência que a prática da escrita pode melhorar a saúde mental e física. Em uma pesquisa realizada pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, um grupo de pessoas entre 64 e 97 anos escreveu sobre seus problemas pessoais durante três dias seguidos. Duas semanas depois, uma biópsia foi feita em seus braços e um acompanhamento foi feito durante 21 dias: 76% daqueles que escreveram sobre seus sentimentos já haviam se curado totalmente no 11º dia, em comparação com apenas 42% do grupo que não fez nada.

Pode ser um diário, mas também pode ser um simples caderno em branco, um bloco de notas ou uma folha de papel, independente da forma escolhida, o importante é escrever, colocar nossos pensamentos no papel, porque isso estimula o desenvolvimento da escrita, a organização dos pensamentos, controla a ansiedade. Eis o segredo para uma melhor noite de sono.

A escritora Mônica d’Olliveira, seguindo esse raciocínio, registrou pedaços de sua alma, acontecimentos de sua vida em rabiscos expressivos que acabaram se perdendo na correria diária. Se perderam, mas não desapareceram. Ficaram ali, guardados, no fundo do seu coração, esperando o momento propício para revelá-los ao mundo.

O poeta português Fernando António Nogueira Pessoa, mais conhecido como Fernando Pessoa, disse: “Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.”.

Mônica transcreveu seus pensamentos para o papel, guardou-os por um bom tempo, mas decidiu revelá-los ao mundo.

rodopiosEm seu livro “Rodopios”, a autora trata de assuntos interessantes como as “inesquecíveis” vuvuzelas, herança da Copa do Mundo Brasil 2014. Mônica também fala da visita de Barack Obama ao Brasil e “daquilo que nunca esquecemos”: mãe, filhos, amigos. Além de felicidade e melancolia, sentimentos que inevitavelmente vivenciamos.

Rodopios” reúne poemas, contos, crônicas e pensamentos, alguns guardados quase escondidos, outros publicados aqui e ali, alguns ainda inéditos. Nesta obra, Mônica dá formas aos seus pensamentos, transcrevendo-os para o papel, criando sinuosos movimentos que embalam sentimentos e convidam o leitor a rodopiar a vida.

“Rodopios”, em formato digital, pode ser encontrado nas seguintes livrarias virtuais:

COMENTÁRIOS
Última atualização em 19/08/2022 às 11:32