Assistimos estarrecidos na última semana mais um caso de violência na região amazônica, desta vez contra Bruno Pereira, indigenista brasileiro e Dom Phillips, jornalista britânico.
Paulo Fonteles, Chico Mendes, Chacinas contra o MST, Dorothy Stang e agora Bruno e Dom (entre outros). Não é de hoje que a luta pela terra e pela preservação da floresta tem causado tantas mortes, evidenciando como ainda é arriscado lutar pelo meio ambiente no Brasil.
Neste caso mais recente, a barbaridade do crime choca a todos, pois segundo relatos, após serem mortos ambos foram esquartejados e queimados, uma ação tão brutal quanto desumana.
O que precisamos entender é o que nos leva a isso, em primeiro lugar pela falta de presença do Estado nestas regiões, a falta de concursos e cargos para garantir que a nação possa estar presente em áreas tão longínquas, ajuda a explicar tamanha barbárie presente.
Em segundo lugar, e não menos importante, temos a conjuntura nacional brasileira, liderada por um presidente inapto, incapaz de ações minimamente humanitárias e que defende a violência a torto e a direito em suas ações e entrevistas.
Inclusive, por culpa deste ser, ligado às milícias e demais organizações criminosas, é possível entender o avanço da selvageria contra os povos do campo e das florestas, afinal, ele mesmo defende isso.
Para frear este avanço irresponsável que estamos vendo, é preciso vencer nas urnas este projeto de nação que ora se instalou no Brasil, com uma grande conflagração nacional em defesa da democracia e contra a barbárie.
A defesa destas comunidades só pode ser possível com ações de distribuição de renda e o compromisso do país de até 2026 (próximo período de gestão) erradicar o desmatamento ilegal na Amazônia, fortalecendo os povos originários e demais organizações comprometidas com as causas indigenistas, como a reconstrução completa, com proventos e concursos, da FUNAI, do IBAMA e do Instituto Chico Mendes, todas autarquias federais comprometidas com a defesa do meio ambiente e dos índios.
Outra luta importante é pela demarcação de terras dos povos do campo, com uma reforma agrária justa e que não fique presa nas burocracias do Estado, precisamos de um INCRA fortalecido e capaz de garantir aos que menos têm, o direito às terras improdutivas do país.
Se queremos que a luta de Dom e Bruno não seja em vão, é hora de homenagearmos ambos afastando de vez o mandrião que nos governa e elegendo um novo projeto nacional comprometido com a nação.
Não temos tempo a perder!