Os trabalhos de apoio às famílias atingidas pela forte chuva que caiu em Ouro Preto e distritos na última segunda-feira, 18 de outubro, continuam. Os dados atualizados da Defesa Civil mostram 519 pessoas atingidas na cidade, sendo Amarantina o distrito mais atingido, com 111 casas atingidas e 381 pessoas desalojadas.
Muitas dessas pessoas foram abrigadas em casas de familiares e amigos, outras já estão retornando para suas casas após o nível da água baixar. As famílias que não puderam voltar para as suas residências foram cadastradas pelos assistentes sociais e serão acolhidas pelos programas municipais.
Em Cachoeira do Campo, foram 29 residências e 128 pessoas atingidas. Já em Antônio Pereira, foram duas casas e 10 pessoas. Porém, não houve desalojados nos dois distritos.
A Escola Municipal Major Raimundo Felicíssimo é o principal ponto de apoio da Prefeitura de Ouro Preto em Amarantina. Lá, várias ações de apoio estão sendo feitas, como o cadastramento de famílias, recebimento e distribuição de cestas básicas, água mineral roupas, calçados, móveis e outros materiais vindos de empresas e comunidades próximas.
O prefeito Angelo Oswaldo (PV) esteve em Amrantina e visitou alguns pontos do bairro Olaria, junto da equipe da Secretaria de Saúde. As famílias que tiveram contato com a água dos alagamentos foram cadastradas e serão imunizadas.
De acordo com o secretário de Defesa Social do município, foram registrados 200 mm de chuvas em Amarantina na segunda-feira. Nessa quinta-feira, 21 de outubro, o distrito recebeu uma equipe do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), junto do vereador Matheus Pacheco (PV), para ajudar a definir a mancha oral e fazer levantamentos técnicos para o futuro controle da situação nas margens do Rio Maracujá e em Amarantina, que se encontra em um território mais baixo em relação a Cachoeira do Campo e Santo Antônio do Leite e, por isso, é passível de receber um grande volume de águas pluviais. Ao mesmo tempo, a Cruz Vermelha de Minas Gerais também foi apoiar a comunidade de Amarantina e, além disso, centenas de itens estão sendo doados para as famílias atingidas no distrito.
A equipe do IFMG que visitou Amarantina contou com: a professora Cecília Félix, que é doutora em geomorfologia, o professor Jairo Rodrigues, que é doutor em sensoriamento remoto, o diretor do instituto, Reginato Fernandes, que é engenheiro geológico e a arquiteta, Lilian. A visita desses especialistas foi para eles participarem desse momento de diagnóstico para ver como o IFMG, com os seus laboratórios e pesquisas, podem contribuir para este momento difícil que a comunidade de Amarantina enfrenta.
“Estamos vendo que muitas ações estão acontecendo a curto prazo. A longo prazo é importante que tenhamos pesquisas, estudos direcionados a essas questões, que envolvendo meio ambiente, aspectos naturais e que possamos compactar isso da melhor forma possível”, disse o vereador Matheus Pacheco.
Além disso a deputada Greyce Elias, que é vice-líder do governo na Câmara Federal, por intermédio do vereador Vantuir (PSDB), disponibilizou o apoio do Minsitro Rogério Marinho para que seja possível pleitear obras de infraestrutura na região vitimada.
O geólogo Charles Murta, da Defesa Civil, é quem coordena os trabalhos de apoio à comunidade em Amarantina.
Ainda no fim da tarde de ontem, o prefeito, retornando de Amarantina, parou em Cachoeira do Campo e anunciou a reforma do Terminal Rodoviário, com o foco principal no telhado, que apresentou uma série de perfurações durante as chuvas na última segunda-feira.