Com a inflação atingindo níveis preocupantes, o desemprego aumentando e os preços de bens de consumo cada vez mais elevados – da gasolina ao arroz no mercado -, os brasileiros vêm recorrendo a empréstimos para evitar a inadimplência.
Neste cenário, resultado principalmente da pandemia do novo coronavírus, as pessoas estão buscando alternativas para colocar as dívidas em ordem e evitar a tão temida “bola de neve” financeira.
Porém, com tantas opções de crédito oferecidas pelas instituições financeiras, fica difícil escolher qual a mais indicada para as necessidades de cada um. Afinal, cada tipo de empréstimo tem suas vantagens e desvantagens, assim como particularidades como prazos, taxas de juros e garantias.
Entre os tipos de empréstimo mais populares estão:
Consignado
O empréstimo consignado se caracteriza pelas parcelas que são descontadas diretamente em folha de pagamento ou benefício. Muito contratado por aposentados e pensionistas, também está disponível para trabalhadores CLT de empresas privadas ativas e servidores públicos.
A modalidade costuma oferecer taxas mais baixas do que as outras opções de crédito e por isso, compromete menos o orçamento familiar. Hoje, a margem de crédito nessa linha é de 40% em relação aos rendimentos do cliente.
Pessoal
Essa é uma das opções mais simples do mercado, mas pode variar em regras e prazos, de acordo com a credora escolhida. Em geral, essa linha de crédito é disponibilizada rapidamente para o cliente, após análise, e está acessível para grande parte da população.
Porém, o crédito pessoal tem como desvantagens as altas taxas de juros – hoje em média 6,32% ao mês – e a não aceitação de pessoas negativadas.
Antecipação da restituição do imposto de renda
O Imposto de Renda (IR) também é uma opção de crédito para aqueles que tem restituição pendente. Isso porque os bancos disponibilizam de adiantar esse valor – em parte ou totalmente – e em troca, recebe esse valor do imposto posteriormente.
Esse tipo de empréstimo está disponível para correntistas que indicam o banco em sua declaração de IR. E, como tem uma garantia, costuma ter taxas de juros mais acessíveis. Vale lembrar que, neste caso, o prazo de pagamento é curto, sendo feito até a data da restituição efetiva do imposto de renda.
Antecipação do 13º
Outro tipo de antecipação bastante comum entre os brasileiros é a do 13º salário. Nesse caso, a instituição financeira concede o valor do salário do cliente e este assume a obrigação de efetuar o pagamento da dívida até a data do efetivo recebimento.
Além da pouca flexibilidade de crédito, é importante avaliar se essa antecipação não pode atrapalhar as contas num futuro próximo, já que, geralmente, o período de recebimento coincide com um número maior de contas e tributos – além dos gastos extras de fim de ano.
Rotativo
Velho conhecido dos usuários de cartão de crédito, o empréstimo rotativo funciona como um financiamento da fatura e é contratado de forma automática quando o cliente não faz o pagamento total.
Entre suas vantagens estão a fácil contratação e a flexibilidade, porém, essa modalidade conta com altas taxas de juros, podendo ultrapassar os 400% ao ano, o que significa que pode fazer a dívida se multiplicar facilmente.
Cheque Especial
Comum entre os correntistas das principais instituições financeiras, o cheque especial também é considerado um tipo de empréstimo, já que oferece um limite de crédito pré-aprovado que pode ser utilizado sempre que o saldo fica negativo.
Por estar disponível na maioria das contas, essa é uma modalidade bastante atrativa, porém, é importante ficar atento às taxas de juros – que são altas, mas variam de acordo com o período utilizado.
Ou seja, independente da linha de crédito escolhida, é importante fazer um planejamento de contas e orçamento de médio prazo, garantindo assim que os valores contratados vão resolver a situação presente sem prejudicar o futuro.