A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na manhã de quarta-feira (19), no bairro Dom Bosco, em Belo Horizonte, um indivíduo, de 39 anos, investigado por crimes de violência doméstica contra a companheira, de 54 anos, e por estupro de vulnerável contra a filha, de 15 anos. A prisão e a investigação são fruto da atuação da equipe da da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da capital.
Os trabalhos investigativos tiveram início em dezembro de 2021, quando um funcionário do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Bem Vinda acionou a PCMG para informar que uma suposta vítima havia sofrido um AVC e encontrava-se com a mobilidade comprometida e dificuldade de fala, estando em situação de violência doméstica. Após a denúncia, a equipe da Deam apurou que a vítima estava acamada e que seu companheiro se apropriava do dinheiro dela, além de quebrar móveis da residência e agredi-la fisicamente. A investigação aponta, ainda, que ele proferia ameaças de morte contra ela e a filha utilizando-se de faca. Conforme ainda apurou a Polícia Civil, ele abusava sexualmente da filha de quinze anos há pelo menos dois anos e dizia para companheira que “ele era branco e ela preta e que por isso não daria nada pra ele”, insinuando que ele ficaria impune caso ela o denunciasse.
Diante da gravidade dos fatos, a delegada, responsável pela investigação, representou pela prisão preventiva do acusado, que foi deferida pelo 2º Juizado de Violência Doméstica de Belo Horizonte. E com o cumprimento do mandado de prisão pela equipe da Deam, o suspeito foi encaminhado à Delegacia, onde foi ouvido e, posteriormente, direcionado ao sistema prisional. De acordo com a Delegada que coordenou a operação, Larissa Mascotte Carvalhaes, ao apurar os fatos a equipe constatou uma fragilidade emocional e física envolvida no contexto familiar investigado. “A vítima não conseguia procurar ajuda, pois estava acamada e por isso também não conseguia ajudar a filha. Ela praticamente não saia de casa”, afirmou.
Ainda, segundo a delegada, moravam apenas os três na residência, o que ocultava ainda mais a situação. Ela também relatou sobre a reação da adolescente quando o pai foi preso preventivamente pela Polícia: “ela ficou visivelmente aliviada quando a gente entrou e prendeu ele. Apesar de amedrontada, ela demonstrou muito alívio”, frisou.
Com a prisão e a conclusão do Inquérito Policial, o procedimento será remetido ao Poder Judiciário.
Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais