Em uma operação realizada nesta quinta-feira (17), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu sete mandados de busca e apreensão em uma mineradora, localizada na cidade de Nova Lima, e prendeu três funcionários da empresa.
As investigações estão em andamento e tiveram início após representação da mineradora, que tem como um dos negócios a exploração imobiliária. A princípio, foi identificado crime de estelionato e, no decorrer das investigações, foi percebida a existência de outros possíveis crimes, como lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, associação criminosa e falsidade ideológica.
Foram apreendidos pen drives, notebooks, desktops e vários documentos que serão analisados. O delegado Marlon Pacheco, titular da 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes, explica que funcionários são suspeitos de comercializarem lotes urbanos e rurais pertencentes à empresa sem autorização e nem sequer conhecimento da mineradora.
Além disso, eles são investigados por cobrar valores indevidos em contratos de comodatos, os quais a empresa concedia de forma gratuita a terceiros em troca de manutenção e guarda desses terrenos. “Essas pessoas intermediavam contratos de comodatos da empresa e cobravam por esses comodatos. No entanto, esses comodatos eram concedidos pela empresa a terceiros gratuitamente”, explicou o delegado.
Segundo apurado, os funcionários cobravam entre R$ 5 a 25 mil pela assinatura dos contratos se aproveitando do cargo que tinham para prática dos crimes. “Esse departamento que deveria zelar pelos contratos de comodato e pelos investimentos imobiliários da empresa se utilizavam dessa facilidade para cobrar valores indevidos de terceiros e para fazer negociação indevida de terrenos da empresa”, afirmou Pacheco.
As investigações prosseguem pela PCMG. O chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, delegado-geral Agnelo de Abreu Baeta, ressalta que a apuração ainda irá se desdobrar. “Essa investigação provavelmente vai chegar em algum parlamentar no município de Nova Lima. Sem contar também alguns cartórios ou um determinado cartório que possivelmente possa estar envolvido nesse tipo de atuação”, alertou.
Fonte: PCMG