A Quaresma começa na quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira Santa, antes da celebração da Ceia do Senhor. A Semana Santa, que começa com o Domingo de Ramos, comemora a Última Ceia, a Paixão e Morte de Cristo na Cruz. No sábado de Aleluia e no domingo de Páscoa os cristãos celebram a ressurreição de Cristo.
A duração da Quaresma – quarenta dias sem contar os domingos – refere-se, em particular, aos quarenta anos passados no deserto pelo povo de Israel entre a partida do Egito e a entrada na terra prometida; também se refere aos quarenta dias passados por Cristo no deserto entre seu batismo e o início de sua vida pública. Esse simbolismo dos “quarenta” simboliza os tempos de preparação para novos começos.
Uma das particularidades do período quaresmal é o fato das igrejas cobrirem as imagens de santos, cruzes e crucifixos com um tecido roxo, liso, sem bordados. Você sabe o motivo?
Essa prática é um sinal de que a Igreja reviverá os eventos da Paixão do Senhor dia após dia, hora após hora, até a crucificação, na Sexta-feira Santa. O objetivo é interromper a adoração dos santos para se concentrar no Senhor que está avançando em direção à sua Paixão. Os altares também são privados de flores e velas.
O tema da Paixão fica cada vez mais acentuado e nada pode distrair do pensamento da Paixão de Cristo. Se até agora a Quaresma foi o tempo de conversão e renovação da vida espiritual, o tempo da Paixão é especialmente dedicado à lembrança dos sofrimentos de Cristo.
Na Sexta-feira Santa, o crucifixo é solenemente revelado enquanto o sacerdote canta três vezes “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo” – e os fiéis respondem “Vinde, adoremos!”. No sábado de Aleluia, durante o canto do Glória, que marca a passagem do tempo da penitência ao tempo pascal, os tecidos são retirados das imagens.
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