Para melhorar a fiscalização de pessoas dirigindo sob efeito de álcool em Minas Gerais, o Departamento de Trânsito do Estado (Detran) começará a utilizar um novo equipamento capaz de detectar motoristas embriagados sem que seja necessário soprar o aparelho.
O novo bafômetro, conhecido como etilômetros passivos, irá funcionar sendo necessário a aproximação ao motorista. Apenas durante um “bate papo” já será possível detectar se houve ingestão de álcool pelo motorista.
Segundo a Polícia Rodoviária, esse novo equipamento não mostrará a quantidade de álcool presente no organismo. Por isso, caso seja indicado embriaguez, o condutor deverá ser submetido ao teste convencional, sendo necessário soprar o etilômetro.
Só durante o ano de 2020, quase 5 mil motoristas já foram flagrados dirigindo alcoolizados no estado mineiro. Veja os números em Minas Gerais durante a pandemia:
- Março: 1.282
- Abril: 1.432
- Maio: 1.818
- Junho:170 (até o momento)
Entenda a “lei seca”
A Lei 11.705, conhecida como Lei Seca, foi aprovada em 2008 e busca reduzir a tolerância do nível de álcool no sangue de quem está dirigindo. Com a lei, o Código de Trânsito Brasileiro foi alterado, juntamente com os hábitos dos brasileiros.
Antes, era permitido a ingestão de até 6 decigramas de álcool por litro no sangue, o que diz respeito a aproximadamente dois copos de cerveja. Hoje, o nível máximo permitido é de 0,05 miligramas por litro.
A punição para quem dirige embriagado pode chegar a até R$ 2.934,70, podendo dobrar caso seja flagrado novamente dentro de um ano. Além disso, a habilitação e o veículo são recolhidos, de acordo com o caso. Em situações mais graves a pessoa infratora pode ser presa, tendo detenção de seis meses a três anos, perdendo sua habilitação.
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