O primeiro caso de sarampo na Zona da Mata foi registrado em Viçosa, em um bebê de nove meses. A informação, divulgada pelo G1, nesta quinta-feira (8), foi notificada pelo Secretário Municipal de Saúde, Marcus Schitini.
O diagnóstico indica que se trata de um caso importado, visto que a família viajou recentemente. A criança teve contato com pessoas de São Paulo e do município de Rio Doce, há cerca de um mês antes do início dos sintomas. O diagnóstico, feito por um exame na Fundação Ezequiel Dias (Funed), confirma o primeiro caso de sarampo da Zona da Mata.
O bebê havia tomado apenas uma dose da imunização da tríplice viral. É importante lembrar que: crianças precisam de duas doses, a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. Assim, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a criança já está curada da doença. Entretanto, por ser uma doença de alto grau de transmissão, ainda não foi possível identificar o tipo do vírus.
“A criança está bem, segue em tratamento em casa, acompanhado pelos médicos, já passou o período de transmissão da doença. O bebê estava abaixo da faixa etária obrigatória de imunização e não frequenta creche municipal”, afirmou Marcus Schitini.
Dessa forma, de acordo com a Prefeitura, os registros de casos suspeitos de sarampo em Viçosa eram de 2015 e 2018, sendo ambos descartados. O caso em questão, não conta no boletim epidemiológico divulgado pelo Estado nesta quarta-feira (7).
“Já informamos à Superintendência Regional de Saúde e a orientação é fazer o bloqueio na região. Viçosa é cidade universitária, recebe muitas pessoas de fora. Nosso trabalho é para que os servidores da Estratégia de Saúde da Família orientem os moradores a regularizarem o cartão vacinal”, ressaltou o Secretário Municipal de Saúde.
Casos de sarampo em Minas Gerais
Nesta quarta-feira (7), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que desde o início do ano de 2019, 190 casos de sarampo foram notificados em 73 cidades no estado de Minas Gerais. Em que:
- 71,1% (135) foram descartados;
- 26,8% (51) estão sob investigação
- 2,1% (4/190) casos foram confirmados, sendo um importado.
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