A TV Globo vai exibir o filme “Kong: A Ilha da Caveira” na noite desta segunda-feira (20), logo após o Big Brother Brasil 20.
O filme foi originalmente lançado em 2017 e tem direção de Jordan Vogt-Roberts (“Os Reis do Verão”).
Neste novo filme, Kong está de volta e maior.
Isso pode, sem dúvida, ser devido ao fato de que “Kong: A Ilha da Caveira” (“Kong: Skull Island”) é uma nova versão da franquia King Kong e o segundo filme da nova série de filmes MonsterVerse, que deve levar a um confronto entre Kong e Godzilla.
O primeiro filme a ser lançado no Monsterverse foi “Godzilla” (2014), um reinício da franquia. “A Ilha da Caveira” é agora o nono filme sobre Kong.
Enquanto o filme de Peter Jackson em 2005 foi um remake do clássico “King Kong”, a versão de Jordan Vogt-Robert é um filme de ação pura, quase um filme de guerra.
Por isso, também difere no momento em que a ação ocorre.
Logo após o final da Guerra do Vietnã, um grupo foi à Ilha da Caveira para explorar a ilha.
Isso nunca foi visto em um filme de Kong antes e os primeiros trailers também prometeram uma emocionante mistura do material clássico de Kong e do processamento da Guerra do Vietnã.
Portanto, não é de surpreender que algumas cenas sejam claramente baseadas em clássicos como “Apocalypse Now” (1979).
Imagens de helicópteros voando em direção ao sol são capturadas muito bem.
Em geral, a câmera faz um bom trabalho e apresenta uma ou outra perspectiva que é muito convincente.
O elenco também é convincente com Tom Hiddleston (“Thor”), John Godman (“Rua Cloverfield, 10”) ou a maravilhosa Brie Larson (“Capitã Marvel”).
O que não é muito convincente é o roteiro com diálogos desajeitados e personagens sem profundidade.
Apenas a motivação de Samuel L.
Jackson (“Vidro”) pode ser entendida, mas seu papel é tão estereotipado que você deseja que ele seja comido por um dos seres da ilha a qualquer momento.
O filme está opticamente correto.
O CGI (Imagens geradas por computador, a famosa computação gráfica) está em um bom nível e principalmente as imagens de Kong parecem muito realistas.
Por outro lado, infelizmente, tudo parece artificial demais, já que o filme provavelmente foi filmado contra uma parede verde e isso é perceptível.
A natureza humana de King Kong sempre tocou fortemente em filmes anteriores.
A sensação de poder entender Kong, sua dor e a tragédia de sua figura.
Isso também não tem lugar em “Kong: A Ilha da Caveira”.
Alguém pode perguntar se o filme quer isso?
Ele quer trazer profundidade aos personagens?
Ele quer nos tocar como “King Kong”?
A resposta parece ser não.
Ele quer ser divertido ou só mais um filme de ação, o que o torna inconsistente e às vezes ridículo.
Momentos de silêncio com Kong são arranhados e imediatamente interrompidos.
O profundo vínculo sugerido entre a fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson) e King Kong é deslocado e retratado por cenas sem emoção.
Apesar das falhas, é um bom filme, com boas atuações e batalhas épicas.
Vale a pena dar uma chance para ele.
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