A Justiça determinou na última quinta-feira (24), que a Vale adote novas medidas para garantir o abastecimento de água na cidade de Belo Horizonte. A determinação faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acordada entre a mineradora, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Cemig e o Ministério Público.
As medidas foram pensadas após o rompimento da barragem do Feijão, em Brumadinho, visto que, as águas do Rio Paraopeba foram contaminadas e a captação no local teve que ser interrompida desde o dia 25 de janeiro.
O Rio Paraopeba era responsável pelo abastecimento de mais de cinco milhões de pessoas em Belo Horizonte e região. Assim, após a contaminação, o racionamento de água para o ano de 2020 se tornou evidente.
Segundo o acordo, ainda este ano a Vale deve perfurar 50 poços artesianos na Região Norte de Belo Horizonte, garantindo o abastecimento em locais que não podem, de forma alguma, ficar sem água, como por exemplo: hospitais, escolas, universidades e presídios. Além disso, eles devem reativar poços da Copasa e instalar bombas para acelerar o abastecimento.
A Vale assumiu ainda, um outro compromisso de adotar um novo sistema de captação no Rio Paraopeba e deve ser concluído até setembro de 2020. Segundo a Copasa, a companhia está cobrando que a Vale cumpra com suas obrigações judiciais, além de outras ações que interferem no abastecimento de água na capital mineira.
Belo Horizonte teve os serviços de abastecimento prejudicados em janeiro, quando a captação de água do Rio Paraopeba teve que ser desligado por causa do rompimento da barragem de Brumadinho.
A obra de abastecimento pelo Paraopeba foi concluída em seis meses e era considerada como a solução para os riscos de racionamento na grande BH. Com a interrupção da captação, o abastecimento está sendo feito pelas represas do Rio Manso, Serra Azul, Vargem das Flores e pelo Rio das Velhas.