A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou na última quarta-feira(20) uma nova definição para o vício em videogame. O vício agora compõe a lista de Classificação Internacional de Doenças (CID), passando a ser considerado perturbação mental.
O diagnóstico para a falta de controle e a prioridade dos jogos na vida da pessoa passou a ser chamado de “gaming disorder” (traduzido como “transtorno do jogo”). Para receber tal diagnóstico, a frequência com que o indivíduo utiliza o aparelho deve afetar severamente suas atividades profissionais ou escolares, alterando também seu comportamento pessoal, familiar, social e ocupacional.
Os pacientes que apresentam sintomas de Transtorno de Jogo devem ser acompanhados em pelo menos 12 meses. Se notado que a pessoa prioriza o game em detrimento a outros interesses e atividade diárias e, se ao passar do tempo, essa prioridade em jogar só aumenta, agora essa pessoa pode ser diagnosticada com a doença.
De acordo com a agência de saúde da ONU, os casos são muito raros, atingindo menos de 3% dos gamers.
O psiquiatra Cirilo Tisso concorda com a nova nomenclatura do vício como doença e alerta:
“Quando eu começo a deixar de fazer outras obrigações, ir na escola, estudar, frequentar relacionamentos sociais, de amigos, quando eu começo a fazer isso em função de jogo, esse é principal sintoma de que a pessoa está viciada, esta compulsiva nessa atividade”.
O pesquisador Mark Griffiths acredita que a classificação do vício em videogame como doença vai ajudar a medicina a progredir no tratamento da doença.
“Do ponto de vista psicológico, os vídeos games são um tipo de aposta não financeira. (…) Os apostadores usam o dinheiro como forma de manter um placar, enquanto os gamers usam os pontos”, diz Mark Griffiths com relação a nova ordem.
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