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A deficiência nutricional mais comum é também a mais fácil de prevenir e detectar

20/06/2018 às 23:33
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A anemia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um estado em que ocorre baixa concentração de hemoglobina no sangue em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, independente da origem dessa carência”¹.

Existem diversos tipos de anemia, dentre elas:

– Anemia aplástica, que é uma condição em que o organismo deixa de produzir uma quantidade suficiente de células sanguíneas novas;

– Anemia falciforme que é caracterizada por hemácias apresentando formato semelhante a uma “foice”, o que as impede de reter corretamente o oxigênio a ser transportado;

– Talassemia, que é um distúrbio sanguíneo hereditário caracterizado pela redução da hemoglobina e da quantidade normal de glóbulos vermelhos no corpo.

– Anemia perniciosa ou megaloblástica, a qual ocorre devido à deficiência de vitamina B12 e ácido fólico. Costuma atingir principalmente os vegetarianos, visto que a vitamina B12 é exclusivamente de origem animal; e,

– Anemia ferropriva, que é o tipo mais comum de anemia, sendo causada pela ausência ou deficiência de ferro. É, ainda, a carência nutricional mais comum.

O ferro é responsável pela formação da molécula de hemoglobina que auxilia o transporte de oxigênio na corrente sanguínea. A baixa ingestão de alimentos ricos em ferro é um fator que pode desencadear anemia.

Algumas etapas da vida como a infância, a adolescência e a gestação requerem um maior consumo de ferro, pois durante estas fases ocorre um aumento das necessidades desse mineral, devido a esse fato é que se recomendada a utilização de suplemento de ferro durante a gestação, a fim de evitar que a gestante desenvolva um quadro de anemia por deficiência de ferro o qual pode dificultar o desenvolvimento fetal.

Os sintomas mais frequentes relacionados à anemia são a debilidade física, irritabilidade, dor de cabeça, além de palidez das mucosas, unhas em forma de colher (côncavas), edemas de membros e retardo de crescimento.

O tratamento da anemia consiste numa dieta rica em ferro. Em alguns casos, pode ser necessário o tratamento medicamentoso da anemia, sendo prescrita suplementação com  sulfato ferroso.

Alguns alimentos ricos em ferro são as carnes vermelhas, feijões, folhas verdes, fígado, etc. Uma dica importante é associar a ingestão de alimentos ricos em ferro com alimentos fonte de vitamina C (suco de limão ou laranja, por exemplo), visto que esta vitamina potencializa o poder de absorção do ferro. Em contrapartida deve-se evitar a concomitante ingestão de alimentos ricos em cálcio, devido ao fato deste mineral dificultar a absorção de ferro pelo organismo. Vale lembrar, também, que o ferro contido nos alimentos de origem animal é melhor absorvido pelo organismo se comparado ao de origem vegetal.

A anemia é uma deficiência nutricional bastante comum, bem como simples de ser resolvida. O simples hábito de se ter uma alimentação variada e equilibrada é eficaz na prevenção da anemia ferropriva, que é o tipo de anemia mais comum. É importante que se esteja sempre atento à saúde, realizando exame de sangue (hemograma) periodicamente, a fim de se verificar o estado em que nosso corpo se encontra, por meio das informações que o hemograma fornece. Sendo o sangue um líquido que circula por todo nosso corpo deve ele estar o mais saudável possível, a fim de carrear saúde para todo nosso organismo.

Referencia

  1. Organização Mundial de Saúde. Lucha contra la anemia nutricional, especialmente contra la carência de hierro: Informe ADI/OIEA/OMS. Série de Informes Técnicos, 580. Genebra: OMS, 1975.

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Última atualização em 19/08/2022 às 11:15