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65% não aprovam indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada, aponta pesquisa

De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quinta-feira (18), cerca de 65% dos 2.118 brasileiros entrevistados em 26 Estados e no Distrito Federal são contra a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, à embaixador do Brasil em Washington (EUA).

Os dados apontam ainda que apenas 28,7% dos entrevistados concordam com a indicação e 6,5% não souberam responder.

A margem é de erro é de 2 pontos percentuais, com o nível de confiança de 95%.

Veja pesquisa na íntegra.   Gráfico da porcentagem de reprovação/aprovação da indicação de Eduardo Bolsonaro a embaixador – Fonte: Paraná Pesquisas/Poder 360 Bolsonaro declarou sua intenção de indicar um dos seus filhos ao cargo na última quinta-feira (11).

Com isso, a pesquisa foi feita nos dias 13, 14, 15, 16 e 17 de julho de 2019.

Por faixa etária, a maior parte das pessoas que discordam são de pessoas de 60 anos ou mais e a menor, na faixa de 45 a 59 anos.

Na classificação por região, o Nordeste é responsável pela maior parte da rejeição (66,8%), e o Norte/Centro-Oeste a menor parte (62,5%).

Se Eduardo Bolsonaro assumir o posto de embaixador, poderá configurar crime de nepotismo, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.

A indicação foi alvo de críticas por parte de políticos e artistas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o cantor Caetano Veloso.

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As críticas foram feitas em tom cômico e de deboche.

Processo de nomeação Para um embaixador ser nomeado, primeiro é necessário que ele seja indicado pelo presidente no Diário Oficial da União.

Após ser indicado, o nome deve ser apresentado à Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Logo após, será submetida a uma sabatina na Comissão.

Os senadores é quem decidirão, em votação secreta, se o indicado é apto ou não ao cargo.

Caso a maioria seja favorável, o nome segue para o plenário da Casa.

A votação também é secreta e por maioria simples.

O último caso de veto à indicação foi quando Dima Rousseff indicou Guilherme Patriota para o cargo de embaixador na Organização dos Estados Americanos, em 2015.

Na Comissão de Relações Exteriores, o nome dele foi aprovado, porém, no plenário, foi derrotado por 38 a 37 votos.