Estação de Engenheiro Corrêa

Fugir dos excessos é a melhor forma de combate à hepatite alcoólica

Franciele Santana

O alcoolismo é um grande problema médico e social, visto que o consumo de álcool é cada vez maior, devido ao fato de ser uma droga lícita, de fácil aceitação social, com alta disponibilidade e que pode aliviar a ansiedade e as tensões do dia a dia; além de ter consumo bastante divulgado nas mídias sociais que salientam seus benefícios e muitas vezes ignoram os malefícios associados ao consumo de forma irrestrita.

O consumo crônico e excessivo de álcool pode resultar em agressões ao fígado, as quais denominamos hepatite.

O álcool é metabolizado nos hepatócitos gerando acetaldeído e radicais livres e são os rdaicais livres os principais responsáveis pelas lesões causadas aos hepatócitos.

Os principais fatores de risco para a hepatite alcoólica são a quantidade e duração do consumo etílico, estado de desnutrição, entre outros.

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Os primeiros sintomas se manifestam após ingestão alcoólica abundante, sendo que os principais sintomas da doença são icterícia de início súbito, febre, taquicardia, anorexia, náuseas e vômitos além de ascite e hepatomegalia dolorosa.

Durante o tratamento as medidas nutricionais e de suporte são fundamentais, sendo que as principais medidas adotadas devem ser a abstinência alcoólica e a recuperação de quadros de desnutrição.

A abstinência alcoólica é obviamente obrigatória, sendo essencial para a melhora do prognóstico e das lesões hepáticas, além de evitar a progressão para o quadro de cirrose.

O etilista deve ser tratado por uma equipe multidisciplinar de saúde, com cuidados, respeito e livre de preconceitos a fim de assegurar que a cessação do consumo de álcool realmente ocorra e sem intercorrências como, por exemplo, a síndrome de abstinência alcoólica ou até mesmo recaída.

O portador de hepatite alcoólica pode, ainda, ser encaminhado aos Alcoólicos Anônimos (AA), entidade que em cooperação com família pode ser de grande auxilio na adesão ao tratamento.

É frequente a ocorrência de desnutrição calórico-proteica em etilistas, bem como deficiências em vitaminas e minerais, desse modo o tratamento deve priorizar a correção destas carências, o que é fundamental para um bom prognóstico do quadro de hepatite.

Esta má nutrição comum no etilista crônico é causada pela baixa ingestão alimentar, além de distúrbios de absorção, perdas excessivas e necessidade nutricional aumentada.

É importante frisar que embora o etanol forneça aporte calórico ao consumidor, essas calorias são consideradas “calorias vazias”, ou seja, desprovidas de valor nutricional.

O principal método de tratamento da hepatite alcoólica é também a melhor forma de prevenção: O combate ao alcoolismo.

O consumo de álcool deve ocorrer com moderação, evitando, assim, os prejuízos que os excessos podem causar, pois de nada valerão os benefícios inerentes a determinadas bebidas se o consumo for feito de forma exagerada de maneira tal que cause lesões ao sistema hepático, impedindo no funcionamento normal do nosso corpo.

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Nutricionista, natural de Ouro Preto/MG, e uma admiradora da arte da escrita, almejo proporcionar saúde compartilhando meus conhecimentos de modo a agregar melhorias na vida do maior número de pessoas possível.