Estação de Engenheiro Corrêa

Ouro Preto: Estação de Engenheiro Corrêa passa por restauração histórica após décadas de abandono

Rodolpho Bohrer
Estação de Engenheiro Corrêa passa por restauração histórica após décadas de abandono
Obra inclui telhado, estrutura, paisagismo e segurança — Foto: Ane Souz

Após décadas de abandono e deterioração, o Complexo Ferroviário do distrito de Engenheiro Corrêa, em Ouro Preto (MG), está sendo completamente restaurado. A intervenção, iniciada em novembro de 2024, marca uma das mais significativas ações de preservação do patrimônio histórico da região. A obra é realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com patrocínio do Grupo Herculano e do Grupo J. Mendes, além de apoio da Prefeitura de Ouro Preto e gestão da Holofote Cultural.

Construída em 1896, a antiga estação ferroviária é considerada um marco na história do transporte ferroviário brasileiro. Abandonada há mais de meio século e com o telhado desabado, a edificação corria risco de colapso. A restauração devolve agora a dignidade arquitetônica e cultural ao imóvel.

Telhado reconstruído e estrutura protegida

Uma das primeiras etapas da obra foi a reconstrução integral do telhado, com instalação de novas telhas sobre uma estrutura de madeira completamente refeita. Essa etapa foi essencial para evitar novas infiltrações e proteger o prédio de danos estruturais adicionais.

Paralelamente, todas as paredes e o reboco externo foram restaurados, após décadas de rachaduras e erosão. O imóvel recebeu reforço estrutural em sua base e nas fundações, medida necessária para garantir a segurança da construção e permitir as próximas etapas da intervenção.

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Segundo o coordenador do projeto, Gilson Antunes, “o que vemos hoje é mais do que uma obra, é a retomada de um elo afetivo entre o povo de Engenheiro Corrêa e sua história. A estação está deixando de ser ruína para se tornar um polo de convivência, cultura e pertencimento”.

Próximas etapas incluem paisagismo e iluminação

A obra avança agora para a fase de requalificação do entorno. O projeto paisagístico prevê o plantio de grama, arbustos e a instalação de sistema de irrigação automática. Outros elementos históricos, como a fonte e a caixa-d’água, também serão restaurados.

Estão previstas ainda a instalação de iluminação cênica, sistema de segurança com câmeras e alarmes, drenagem pluvial, cercamento com balizadores e um moderno sistema de prevenção e combate a incêndio.

A proposta é transformar a estação em um espaço de convivência e memória, que sirva tanto à comunidade quanto aos visitantes, reforçando o papel da cultura como agente de desenvolvimento local.

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Diretor geral, graduando de jornalismo e redator de cidades e política.