O presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez, entrou em uma situação polêmica nesta quinta-feira (2).
Jair sinalizou que irá sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, alegando que a “a sanção é uma obediência à lei”, e afirmou que é preciso “preparar a opinião pública” para a sua decisão. No dia 19 de dezembro de 2019, o presidente havia dito justamente o contrário, que iria vetar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, que consta no orçamento de 2020, aprovado pelo Congresso.
Ainda, na ocasião, na saída do Palácio da Alvarada, Jair disse que não via como justo o recurso para fazer campanha, e que defende que as campanhas sejam bancadas por doações.
Entretanto, nesta quinta-feira, Bolsonaro citou o artigo 85 da Constituição, que afirma que “são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal”.
Ou seja, se protegeu alegando que se não estiver de acordo com a lei, estará cometendo um crime de responsabilidade, podendo dar credibilidade para um impeachment.
Burbúrio entre seguidores A ação de sancionar o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões causou em posicionamentos e críticas de personalidades na internet, incluindo o apresentador e ex-apoiador de Bolsonaro, Danilo Gentilli.
O @jairbolsonaro que foi eleito prometendo acabar com o fundão e outras mamatas aprovou o fundão pq ele e seu filho fundaram um partido e querem essa grana.
O PSL tb.
O Jair mentiu pra vcs.
O presidente quer q o povo trabalhe pra encher o cu de político de dinheiro.
Lixo. — Danilo Gentili (@DaniloGentili) January 2, 2020
Bolsonaro diz que NÃO VAI VETAR FUNDÃO ELEITORAL.
A notícia é péssima!
R$2 BILHÕES do dinheiro dos seus impostos irão financiar campanhas de políticos.
Fizemos de tudo para BARRAR essa medida no Congresso e esperávamos a ajuda do presidente. 😐 #VETABOLSONARO — Vinicius Poit (@ViniciusPoit) January 2, 2020
https://twitter.com/RubinhoNunesMBL/status/1212862601853583361 Ainda no final do ano passado, Jair Bolsonaro afirmou que as campanhas precisam “estar em uma condição de igualdade”: — Agora, você pode ver, o dinheiro vai para quem?
Manter no poder quem já está.
Dificilmente vai para um jovem candidato.
E o povo fala sempre em renovação.
E tem que ter igualdade.
A campanha tem de estar em uma condição de igualdade.
Não é maldade minha contra o parlamento. “O Parlamento, não sei o que”.
Nada, eu respeito o Parlamento.
Fiquei 28 anos lá dentro.
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