A taxa de transmissão da Covid-19 no Brasil alcançou, nesta semana, o menor índice desde o início da pandemia. É o que indica a Universidade britânica Imperial College, de Londres, com a medição de 0,60. O dado foi atualizado nessa segunda-feira, 11 de outubro.
Portanto, de acordo com o estudo da Universidade britânica, divulgado pelo G1, cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 60. Existe uma margem de erro de até 0,79 para mais e 0,24 para menos na pesquisa. Ou seja, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 79 ou 24, respectivamente.
Antes, a menor taxa de transmissão da Covid-19 no país havia sido em novembro do ano passado, com 0,68. No entanto, foi justamente neste período que ocorreu o apagão de dados que atrasou a atualização de casos e mortes por coronavírus pelo Ministério da Saúde.
Há, ainda, duas outras razões para essa queda da transmissão do vírus: o fato do Brasil realizar poucos testes em comparação com outros países e o avanço da imunização. Atualmente, 70% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e cerca de 47% já está completamente imunizada, seja com as duas doses ou dose única.
Em setembro, o Brasil teve o menor número de mortes por Covid-19 desde novembro de 2020. Foram 637 mortes em 24 horas, com o total de óbitos chegando a 596.800 desde o início da pandemia. O Boletim Epidemiológico mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde indica 6.918 novos casos confirmados de coronavírus nas últimas 24h, dando um total de 21.582.738 casos, e 202 mortes em um dia, somando ao total de 601.213 óbitos pela doença no país.
Ainda assim, o médico Ciro Ugarte, diretor de Emergências Sanitárias da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS para as Américas, em entrevista à BBC News Brasil, alertou que a queda no número de casos e óbitos por Covid-19 não é motivo para que aconteça o relaxamento das medidas de prevenção da doença.
“Quando os casos diminuem, é sinal que estamos fazendo as coisas certas. Ou seja, implementamos medidas de saúde pública, que comprovadamente continuam a funcionar”, destaca.
Portanto, ainda é fundamental o uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social, pois a pandemia ainda não acabou.